terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Lista de músicas para acompanhar você na virada do ano | Lista III

Por Joabi Teles

Dando sequência as listas de bandas para lhe acompanhar na virada do ano, que foi iniciado pelo administrador deste blog e depois pelo Benedito Gomes, indicarei agora algumas bandas massa do nosso Rock nacional.

É certo que o ano de 2013 já está indo, mas não fiquem triste, pois nada acabou como já dizia Raul na musica "tente outra vez". Coloque o cursor do seu mouse encima destas imagens abaixo, dê um click e curta um som bacana.

 

Que tal Renato Russo?

"Mais uma vez" um ano termina para que comece um novo, e assim é o título desta linda música de Renato.



São dias que vão, dias que vem, "dias de luta" e são esses cantores que fazem a gente enxergar esses dias.
Assim como Charlie Brown Jr.
Bandas boas é que não falta:
Escolha qualquer uma dessas que estão acima ou estas se segue abaixo e faça a festa, mas cuidado! Não exagerem no álcool ou no velocímetro! Pois o bom mesmo é ver mais um dia chegar.


O Rappa
Detonautas
Mamonas Assassinas
Jota Quest
Los Hermanos
Raimundos
Roupa Nova
RPM
Rita Lee
Skank
Tianastácia
Titãs
Nenhum de nós
Velhas Virgens
Pitty
Sepultura
Matanza
14 Bis
Angra
Barão Vermelho
Biquini Cavadão
Cachorro Grande
Capital Inicial
CPM 22
Engenheiros do Hawaii
Os Paralamas do Sucesso.

Ufa!!! Quantas bandas... Feliz ano novo para todos leitores deste blog.

Lista de músicas para acompanhar você na virada do ano | Lista II

por Benedito Rodrigues

Para dar continuidade à lista de músicas iniciada pelo Valdecir, vim trazer algumas das que provei em 2013. Quem me conhece já me deve ter pego ouvindo ao menos uma delas, por isso peço paciência a estes.  Sem demora...

1. Timoneiro, de Paulinho da Viola

2. Foi Deus quem fez Você - Amelinha
3. A Lista - Oswaldo Montenegro

4.Samba dos Nossos - Novos Baianos

5. Tudo Outra Vez - Belchior
6. Apesar de Você - Chico Buarque


Que 2014 traga a todos nós muita luta e muitas vitórias!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O que comemora o ateu no Natal?

por Cassionei Petry

Quando era cristão, o Natal era uma das melhores épocas do ano para mim. Não, não era por causa dos presentes, pois ganhava muito pouco. Gostava do clima, das músicas, dos enfeites e presépio que minha avó fazia, da comilança, da reunião da família, dos Papais Noéis que apareciam na vizinhança (desde os de barba postiça passando pelos mascarados), contanto que não me perseguissem com uma varinha para me lanhar as pernas. Também não faltava às missas natalinas na paróquia a que pertencia.

Para o ateu que sou agora, no entanto, esse período é um inferno. Quando tu sabes que essa data não te diz mais nada, não te representa mais, tudo se torna um estorvo. É duro ser obrigado a ouvir cantilenas melosas que exaltam um deus que nasce e vai morrer daqui a alguns meses. É chato ter que responder a um Feliz Natal, receber mensagens exaltando a festa cristã e desejando que o menino Jesus te ilumine. Isso tudo é chato e constrangedor. No entanto, tu não queres ser chato também e retribui a boa vontade da outra pessoa, que pensa estar te agradando. Pior ainda quando ela sabe que tu não acreditas em nada do que está sendo comemorado, mas faz questão de te dizer “mesmo assim o deus menino está contigo, um dia tu vais descobrir”. Sei.

O ateu poderia fazer descer das prateleiras de seu cérebro as leituras que fez sobre os mitos que deram origem a essa data. Poderia dizer que outras crenças consideradas pagãs e que existiam bem antes do cristianismo celebravam o período próximo ao solstício de inverno no hemisfério norte e reverenciavam outros deuses. Na Roma antiga, a celebração era em honra a Saturno, deus da agricultura e da justiça. Para os persas, o deus Mitra, que representava justamente a luz solar, também teria nascido nessa época e é celebrado (aliás, consta que há muitas semelhanças nas histórias relacionadas a esse deus antigo com os relatos que dão conta da vida de Jesus Cristo). Os chineses, por sua vez, chamavam esse período de dong zhi, que significa “a chegada do Inverno”. Porém, o cristianismo, séculos depois, adaptou essas antigas celebrações, escondendo seu real significado e impondo o seu como o verdadeiro.

O ateu vai se abster de dizer tudo isso, pois sabe que não adianta. Todos os anos ele vai continuar ouvindo a mesma história, vai ser obrigado a engolir os rituais, a tolerar a chatice da data, a ter que dizer obrigado a uma felicitação que não lhe diz nada, a ver sua casa enfeitada com motivos natalinos, pois a esposa é cristã, a ver tudo e todos a seu redor fazendo referências a um indivíduo que supostamente teria nascido de uma mãe virgem para salvar o mundo do pecado.

Como o ateu vive essa data, então? No meu caso, acompanho todas as festas desse período com meus familiares como se fosse outra reunião de família qualquer e tolero as crenças deles. No geral, inclusive, o ateu é mais tolerante que a maioria dos cristãos que não aceita quem não tenha deus no coração. Aproveito os pratos tradicionais, dou e recebo presentes, mas não participo de amigo secreto ou celebrações exclusivamente religiosas. Adoro ver o Papai Noel e, principalmente, o encanto das crianças ao ver o bom velhinho (que devido ao politicamente correto abandonou sua vara de marmelo). É uma das fantasias que precisamos para aguentar as dificuldades da vida real. É uma personagem de ficção que, por ser mais verossímil e encantadora, ganha mais espaço do que outra personagem ficcional, que já não convence mais tanto, o tal de Jesus.

Esse texto é um depoimento pessoal


por Valdecir Ximenes
"Estou cá pensando como os meus botões..."
Tem dias que a vida não faz sentido. E penso que isso não sejam observado somente por mim. Raul Seixas cantou que: “Tem dias que a gente se sente / Um pouco, talvez, menos gente /Um dia daqueles sem graça /De chuva cair na vidraça /Um dia qualquer sem pensar /Sentindo o futuro no ar /O ar, carregado sutil /Um dia de maio ou abril /Sem qualquer amigo do lado /Sozinho em silêncio calado /Com uma pergunta na alma /Por que nessa tarde tão calma /O tempo parece parado?” (Profecias). Vivo o tempo todo alegre, sorriso no rosto. Falo e cumprimento respeitosamente a criança, o adolescente, o adulto, o homem ou a mulher, o idoso e a idosa. Admiro a natureza e os animais e fico abobado com as maravilhas que a humanidade cria, tais como ciência, artes, tecnologia e congêneres. Mas tem dias que... ah não vou falar não.

Às vezes fico feliz com datas comemorativas e às vezes nem tanto. O Natal para mim é data sem muita importância comparada ao que a mídia nos faz acreditar. Ao que a televisão mostra como caricatura desde quando se vai tomando ciência do mundo. Aliás, em grande parte, tudo na televisão é caricaturesco (televisão aberta e corporativa). Nos fins de ano, quase sempre, me pego em situação financeira desfavorável de tal modo que não curto com os amigos. Ninguém tem culpa, é verdade, de eu não saber gerenciar meu orçamento pessoal a ponto de depois ficar na 'maior pindaíba'. Mas ainda assim, as coisas não ficam na mesmice por que compenso com outras alternativas que a grande maioria das pessoas não ver atrativo algum, como: uma viagem a alguma serra (ou equivalente), um banho num rio, uma andada de bicicleta, uma conversa com uma pessoa mais velha, onde ouço cada detalhe da conversa (e tento interferir apenas para tentar prolonga-la), uma visita a um amigo, etc.

Vejo as pessoas alegres com os familiares e fico feliz ao vê-las assim. Mas o certo é que eu não sou sociável. Nunca fui. O que me fez socializar um pouco mais talvez tenha sido as leituras, os grupos sociais e políticos de que participo, os estudos, a universidade e pessoas que, aqui ou ali, me tentam puxando conversa. Sempre fui tímido, tremendamente tímido e todos que me conhecem mais de perto, sabe mesmo que falo pouco e converso minimamente. Aliás, nas conversas citadas, eu participo pouco. Opino mais com amigos por que tenho coragem de discordar e consequentemente tenho que contra-argumentar. Devo aos amigos o pouco (ou muito pouco) entrosamento que tenho com eles. Alguns poucos, é certo. Mas amigos em potencial, a quem admiro notavelmente.

Me sinto sinto, às vezes (e sentimentalmente, apenas) um Isaac Newton. Sim, ele mesmo. Dizem que ele era profundamente um cara introvertido, recluso, fechado e que “conversava” apenas com os estudos (nessa parte eu não sou bom!). Depois foi do parlamento inglês, mas segundo contam só falou uma vez para pedir que fechassem uma janela, pois ele estava sentido frio por causa dela.

Enfim, esse é um depoimento pessoal e eu estou triste nesse momento. Mas não é culpa sua e nem eu disse que é!

Lista de músicas para acompanhar você na virada do ano | Lista I

por Valdecir Ximenes

Nesses dias que antecedem a virada de ano, quando 2013 vai dando com os burros n'água, nada melhor do que uma playlist de músicas fodas para ouvir se despedindo deste ano que foi bom. E para que 2014 seja melhor ainda, vamo listar um rock na veia e outras mais popular, para que ninguém reclame do “monopólio” do rock nesta página. Vá lá curta aí e ponha no volume máximo, mas somente até as 10h da noite, pra não incomodar os vizinhos. E no mais, venhamos e convenhamos: ninguém aguenta a globochanchada de virada de ano da Rede Globo né?

1. You Could be Mine (Gun N' Roses)


"Você poderia ser minha."

Guns’n Roses ajuda em qualquer festa, seja o Natal ou final de ano “You Could be Mine” tem o tom certo para o combate da virada. A bateria incessante não deixa você amolecer perante a festa da virada e os gritos de um Axl Rose que ainda sabia cantar como ninguém é o remédio certo pra aquele que está quase se rendendo aos “sentimentos” de nostalgia a 2013. Esse som mantém a guarda aberta e você ligado.

2. You Shook me All Night Long (ACDC)
Dá-lhe ACDC!

Falam que ACDC é a maior banda de rock que existe, muitos não concordam. Para todos os efeitos o rock é um estilo de música que, feito de forma certa, balança você. Esse som dos australianos do ACDC é isso tudo. Para aqueles que se vão virar o ano ao lado de seu par esse som diz só uma coisa: “você me chacoalhou a noite inteira”. Segura essa então.

3. Rock na Veia (Motorocker)

                        
                                                        "Cuidado aonde vai..."

Isso mesmo, rock do Brasil. Já apresentei eles aqui (link). O som deles é do caralho e é bom pra manter a vigilia nesta virada, pra deixar o ano de 2013 em chave de ouro. “E o rock'n'roll pelo bem que nos faz”.

4. Welcome To The Jungle (Guns N' Roses)


                                                      "Bem-vindo à selva, baby..."

Guns de novo. Esse som de welcome é mesmo muito motivante. Bem vindo a selva. Axl canta e “berra” nessa linda composição e te deixará bem ligado pra curtir com a moçada. Dê o play, e...mais nada.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Geraldo Ávila fala sobre “Aprender Matemática”

por Luiz Fernando

Considero Geraldo Ávila e Elon Lages Lima como os grandes divulgadores da Matemática no país. Se não fosse eles, creio que estariam num nível matemático muito baixo com relação aos países do primeiro mundo.

Preocupado com o aprendizado de nossos universitários, Geraldo Ávila com toda sua experiência e estilo incomparável, escreveu o livro Análise Matemática para Licenciatura (Ed. Edgar Blucher, 2001) que juntamente com o livro de Análise Real do professor Elon Lages Lima é a base para todo estudante aventurar na matemática superior.

No início de seu livro, Geraldo Ávila apresenta um texto muito útil para guiar os alunos em seus estudos de Análise ou em qualquer outra área da Matemática. Vejamos alguns trechos dessa “Conversa com o aluno”.
 “Ninguém aprende Matemática ouvindo o professor em sala de aula, por mais organizadas e claras que sejam suas preleções, por mais que se entenda tudo que ele explica”. Isto ajuda muito, mas é preciso estudar por conta própria logo após as aulas, antes que o benefício delas desapareça com o tempo…Mas este estudo exige muita disciplina e concentração: estuda-se sentado à mesa, com lápis e papel à mão, prontos para serem usados a todo momento. Você tem que interromper a leitura…para fazer um gráfico ou diagrama, ou alguma figura que ajude a seguir o raciocínio do livro, sugerir ou testar uma idéia…Por isso mesmo, não espere que o livro seja completo, sem lacunas a serem preenchidas pelo leitor; do contrário, esse leitor será induzido a uma situação passiva, quando o mais importante é desenvolver as habilidades para o trabalho independente…Os exercícios são uma das partes mais importante do livro. De nada adianta estudar a teoria sem aplicar-se na resolução dos exercícios propostos. Muitos desses exercícios são complementos da teoria e não podem ser negligenciados, sob pena de grande prejuízo no aprendizado.Você estará fazendo progresso realmente significativo quando sentir que está realmente aprendendo a aprender.” 

Os japoneses vão dominar o mundo e já sabemos como


por Valdecir Ximenes
Essa matéria da rede Record (FalaBrasil) explica tudo. Sem delongas, veja o vídeo.

Devemos todos virar japonês...

sábado, 28 de dezembro de 2013

Quem financia a próxima grande idéia?

por Ulisses Capozzoli

Se você ama facilidades criadas pela tecnologia moderna como telefones celulares, sistemas de navegação GPS, tomografia computadorizada e uma infinidade de outros recursos e utensílios cotidianos, saiba que elas acumulam pesquisas e desenvolvimentos que, em alguns casos, somam um razoável período de tempo.

Nada caiu simplesmente do céu ou é reproduzido num quase passe de mágica, como parece acontecer a cada dia, com transformações e inovações que parecem não ter fim.

Então, certamente interessa a você tomar conhecimento do dossiê especial que sai na edição 138, de novembro próximo, de Scientific American Brasil, neste momento em fase de edição.

A edição 137, de outubro, com abordagem monotemática ligada à (fascinante) história da alimentação está chegando às bancas.

Você descobrirá, em novembro, um mundo novo e surpreendente como origem desses desenvolvimentos e, ao final, talvez fique apreensivo.

Pode parecer desconcertante, e de certa forma é mesmo, mas toda a infraestrutura que assegurou a materialização desses produtos e serviços em boa parte dos casos não existe mais e isso ameaça a continuidade desses avanços.

O ritmo com que novos avanços emergem de laboratórios acadêmicos e governamentais não indica qualquer sinal de desaceleração e essa não é a fonte de apreensão

Acontece que grandes descobertas científicas não se traduzem automaticamente em tecnologias extraordinárias. Essa transição exige tempo, dinheiro e paciência — recursos ultimamente em falta.

De fato, os trâmites tradicionais para conduzir as descobertas dos laboratórios para aplicações no mundo real foram acompanhadas de boa dose de estresse na geração passada.

Nossas perspectivas promissoras não se concretizarão se não enfrentarmos essa deficiência. Em muitos aspectos estamos vivendo do sucesso de investimentos do passado, previne David J. Kappos, subsecretário do Departamento de Comércio dos Estados Unidos e chefe do Escritório de Patentes e Marcas Registradas americano.

Fonte: Blog da Sciam (Scientific American Brasil)

É difícil ser livre cumpádi, mas a gente faz uma força danada


por Valdecir Ximenes
 
É DIFÍCIL se emancipar de correntes ideológicas que os outros nos impõem. Por exemplo, vivemos uma sociedade formada, na sua maioria, por pessoas mesquinhas e hipócritas que nos querem idiotas para que sejamos servos obedientes a eles. Conheço pessoas que querem pousar de deuses mas são ligeiramente frustrados nas suas expectativas e ofuscados por pessoas que são humildes e muito mais brilhantes do que eles.

"Se ajoelha e me adora"
Quando eu era moleque e depois adolescente, me vendo estudando com afinco e tendo (um pouco de) dedicação nos estudos, lembro que alguns aqui do Boqueirão queriam derrubar a mim e a outros que estudavam pra que eles continuassem sendo as “estrelas” da comunidade. Não por que eles estudavam, mas por que eram economicamente dominantes na localidade. Acredito que eles pensavam que: “Logo mais esses caras não nos serão mais submissos e o nosso glamour cairá por terra”. Com isso, eles inventavam toda pecha infamante para tentar nos “nocautear” e “manchar” a figura de quem a gente eventualmente se espelhava.

Não lembro as vezes em que alguns daqui tentavam manipular com mensagens sacanas do tipo: “olha, fulano estudou demais e ficou louco”. Ou “Ei macho, dizem que quem estuda demais vira gay/lésbica”, uma tentativa carregada de preconceito como se “virar” gay fosse uma punição aterrorizante em si. Ou ainda “estudar é perda de tempo, pois não tem emprego não”. Como se a gente estudasse visando unicamente algum emprego, e não cultura, conhecimento, sabedoria, liberdade, visão de mundo, etc. E depois, tentavam impor a pecha aos gurus que nos emancipavam como: “aquilo é um abestado” e coisas do tipo.

A culpa é do livro
Era tudo jogo de “marketing” para sua dominância. Tinham poder econômico, mas não o conhecimento para “casar” os dois lado a lado e prosperar. Eram bajulados por que alguns oprimidos sempre estendem o tapete para o opressor. Em tempos de FHC, somente eles tinham algum poder econômico e ditavam as regras e relações de trabalho na comunidade. Hoje, nos governos petistas, existe mais igualdade social, por que existe mais distribuição de renda, e ficam com saudades de seus tempos de glória e supremacia. 
 
No geral, uma coisa é bem certa. Se eu tiver um carro popular e você não tiver um é bem provável que você me inveje, me admire, me bajule pelo carro que tenho. E é bem provável que eu tente por todos os meios fazer (ou deseje) com que você não tenha um carro popular para que sempre me inveje, me admire, etc. Era o que acontecia aqui. Mas as coisas mudam e se revertem ciclicamente! Tinham interesse em serem bajulados e adulados e tinham prazer sádico de oprimir os economicamente inferiores e fazer deles massa de manobra social, econômica e política, uma vez que esses “inferiores” votavam em que eles ditavam.

Em termos econômicos (apenas!), mas não como antes, ainda continuam com uma parte do assento no panteão. Mas só. Hoje a moçada pensa politicamente e tem uma certa influência para apontar caminhos mais livres de intenções mesquinhas. Eles fingem consideração e respeito por que sabem (e veem que) respeitamos e consideramos. Sabem que somos livres e andamos pelas próprias pernas. Abrimos caminhos que eles tentavam a todo custo manter fechados, ou no máximo, abriam veredas para passarmos como eles quisessem.
Esse é o gigante: petrificado e adormecido...um puto!
É cumpádi, conseguir/conquistar liberdade é difícil, mas nós fazemos um esforço grande contra os “gigantes” que são somente uns putos!

Honestidade

Por Marcelo Mascarenhas

VAMOS começar por um rio. Depois vamos nas frutas desse rio e depois na Honestidade.

Margem Oeste do Murray River (South Australia) e em oposição (Victoria)
Hoje eu conheci um rio daqui. Dei até uns mergulhos nas suas águas barrentas, mas limpas. O ponto que o atingimos fica, seguindo para Leste, a aproximadamente 80 km de Adelaide.

O rio é chamado Murray River. É o mais expressivo rio australiano em extensão (2508 km) e considerado o Nilo da Australia. Ele alimenta importantíssimo sistema de irrigação para agricultura, nos Estados de Victoria, New South Wales e South Australia (onde Adelaide se situa). Além de ser o mantenedor do sistema de abastecimento de água de grande parte desses Estados - inclusive toda Adelaide (1.2 milhões de habitantes). Entre os produtos do rio figuram lã, algodão, trigo, gado, arroz, vinho, frutas e vegetais.

Plantação de Pera em Adelaide Hills  

No caminho da ida, percebi as plantações de frutas como, uva, ameixas, maçã, pera, pêssego e cerejas. Na volta, demos uma “stop” para comprar umas. Deixamos a pista principal e entramos numa pequena chácara onde vendem as frutas frescas. Todas as portas da propriedade abertas! Fomos entrando e entrando. Não avistamos um vivente sequer. A princípio pensei que é porque hoje é sábado e não é dia próprio para trabalhar aqui.

Aqui é uma “venda”. Tem os preços de cada saco e um “cofre” 
(Money here please – Dinheiro aqui por favor)  e não tem vendedor por perto

Chegamos na “venda” propriamente dita. Estavam lá as frutas, os preços e uma espécie de cofre, onde se poderia colocar cédulas e moedas. Entretanto, não tinha o vendedor nem ninguém por perto. Após um “how does it work?” (como funciona isso?) e uma resposta “honesty and trust” (honestidade e confiança), eu entendi. As pessoas apenas confiam na sua honestidade e esperam ela de você. Então pegamos as frutas e colocamos o dinheiro no “cofre”. Problema seria se fosse preciso troco. Já seria outra história, né?

Semelhante ideia acontece no transporte público de Adelaide. Dois fatos interessantes. Primeiro, há diferentes preços de passagens. A terceira idade para um valor, trabalhador paga outro e estudante para outro (menor valor). E eles usam cartão eletromagnético quando da hora de pagar a passagem e de recarregar. O que me chamou atenção foi que esses cartões são vendidos nas lojas comuns, por pessoas comuns e não tem fiscalização do governo. Fui comprar o meu, então, num dia desses. Entrei na loja e pedi uma concessão para estudante. Apenas isso e consegui o cartão. E se eu não fosse estudante? Claro que teria podido comprar o cartão para estudante. Fica a seu critério! No entanto, às vezes eles fazem inspeção nos ônibus (randomicamente) e checam alguns passageiros se estão com o correto cartão. Caso você esteja incorreto e seja pego, terá que pagar severa multa.

Segundo, não tem cobrador nos ônibus nem catraca. Os motoristas vendem o ticket, caso você não tenha cartão (poucos não têm). Ahh... eles não passam o troco com o ônibus em movimento. Após você passar pelo motorista, você fica à vontade para validar sua passagem (passar o cartão). O recomendado é fazê-lo logo que entrar no ônibus. O motorista jamais vai obrigar você a validar. Novamente aqui fica a seu critério (e risco) não pagar a passagem. E também aqui existe a possibilidade de fiscalização e possível muita.

É... uma vez esqueci de validar uma passagem, mas para minha sorte nunca vi a fiscalização.
Penso que não preciso falar o que acho. Que o leitor fique à vontade para pensar nisso e tentar ver se isso funcionaria no nosso Brasil. E por que não funcionaria?

Nota do Blog: Marcelo Mascarenhas, muito bom o seu texto. Mais do que um texto, uma inquietação. Uma vez na faculdade de Física um dos meus professores disse que, quando estudava numa universidade da Europa, tinha lá uma sala com tudo para os estudantes disporem. A sala era aberta a todos e não tinha funcionários lá. Tinha, isso sim; livros, borrachas, cadernos, folhas e afins para qualquer que quisesse dispor de qualquer objeto. Daí que quem quisesse pegava e depois devolvia de modo honesto a sala tudo o que pegava, ditado pela consciência e honestidade. Ao que o nosso professor indagou: "E se fosse no Brasil?" e completou: "Certamente o pessoal rasgava tudo, riscado, pichava e não devolviam mais nada!". Então a pergunta soa bem. E se fosse no Brasil?

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Mais alguns dos matemáticos mais notáveis da atualidade que você precisa conhecer


por Valdecir Ximenes


FALEI em (Lista I) de alguns dos matemáticos mais notáveis da atualidade. Segue então uma lista II desses brilhantes cientistas que constroem a base das outras ciências, que é a Matemática. Mas existem muito mais deles por aí. O meu intento é apontar alguns deles e os tornar conhecidos aqui. Lógico que a Internet ajuda muito com isso, mas você pode ter uma referência aqui. Por exemplo, partes aqui é da Wikipédia. Depois farei uma lista de Físicos notáveis da atualidade e o Antonio Rodrigues fará uma lista de Químicos. 

Segue. 
 
1. Wendelin Werner nasceu em Köln na Alemanha em 23 de Setembro de 1968, mas é naturalizado francês.
Matemática, sua linda!
Atualmente é professor na Universidade Paris Sul, sendo a sua área de trabalho a teoria das probabilidades lindando principalmente com passeio aleatório entre outros.
Ainda jovem participou de filmes. De 1987 a 1991 estudou na Escola Normal Superior de Paris, e doutorou-se em 1993 na Universidade Pierre e Marie Curie.

Prêmios

  • Premio Rollo Davidson (1998),
  • Premio Paul Doistau-Émile Blutet (1999),
  • Prêmio Fermat (2001),
  • Medalha Fields (2006),
  • Premio George Pólya (2006)
2. Cédric Villani nasceu em Brive-la-Gaillarde, em 5 de outubro de 1973 na França. 

o lady gaga...da Matemática.
É conhecido pela alcunha de “o lady gaga da matemática”, pelo seu modo de se vestir
Seu principal campo de trabalho são equações diferenciais parciais e Física-matemática.
Prêmios
  • Jacques Herbrand (Academia de Ciências da França), 2007
  • Prêmio da EMS, 2008
  • Premio Fermat, 2009
  • Premio Henry Poincaré, 2009
  • Medalha Fields, 2010
3. Stanislav Konstantinovich Smirnov, nasceu em Leningrado, em 3 de setembor de 1970. É um matemático russo.

Smirnov, seu danado!
Trabalha atualmente na Universidade de Genebra, foi agraciado com a Medalha Fields em 2010. O foco de suas pesquisas são análise complexa, sistemas dinâmicos e teoria das probabilidades.
Prêmios
  • Premio Rollo Davidson (2002),
  • Medalha Fields (2010)
4. Elon Lindenstrauss é um matemático israelense. Nasceu em Jerusalem em 1 de agosto de 1970.
"Tá vendo óh? É fácil..."
Laureado com a Medalha Fields de 2010 no Congresso Internacional de Matemáticos em Hyderabad na Índia
Em 1988, Lindenstrauss representou Israel na Olimpíada Internacional de Matemática e ganhou uma medalha de bronze.
Prêmios
  • Prêmio Blumenthal (2001),
  • Prêmio Erdös (2009),
  • Prêmio Fermat (2009),
  • Medalha Fields (2010)
5. Ngô Bảo Châu é um matemático vietnamita, nacido em Hanói em 15 de novembro de 1972 e que atualmente trabalha no Instituto de Estudos Avançados de Princeton, Nova Jersey, no EUA. Possui nacionalidade vietnamita e francesa. 
"Só te ensino depois que você souber pronunciar meu nome, seu puto!"
Ngô Bao Chau é mais conhecido por provar o lema fundamental proposto por Robert Langlands e Diana Shelstad, uma conquista que foi escolhida pela revista Time como uma das dez maiores descobertas científicas de 2009.
Por seu trabalho, Ngô Bảo Châu foi premiado com o Clay Research em 2004. Se tornou o mais jovem professor no Vietnã em 2005. Em 2010 recebeu a Medalha Fields.
Com 15 anos de idade, foi aceito em uma classe de estudos especializados em Matemática, na Universidade Nacional de Hanói. Participou da 29ª e 30ª Olimpíada Internacional de Matemática e se tornou o primeiro estudante vietnamita a ganhar duas medalhas de ouro nesse evento.
Prêmios
  • Clay Research Award (2004)
  • Oberwolfach Prize (2007)
  • Sophie German Prize (2007)
  • Medlaha Fields (2010)




6. Andrei Okounkov nasceu em Moscou a 26 de Julho de 1969, é um matemático russo.
"Aprenda russo, meu amigo!"
Doutorou-se em Matemática pela Universidade Estatal de Moscou em 1995. É professor de Matemática na Universidade de Princeton e tem sido pesquisador na Academia Russa de Ciências, no Instituto de Estudos Avançados de Princeton, na Universidade de Chicago e na Universidade de Califórnia em Berkeley.
Recebeu a Ganhou a Medalha Fields em 2006 por suas contribuições em teoria de probabilidades, teoria da representação e em geometria algébrica.

E dois brasileiros estão cotados para receber o prêmio máximo em Matemática (a Medalha Fields). São eles Fernando Codá Marques e Artur Avila, ambos com 33 anos, que são do IMPA – Instituto Matemática Pura e Aplicada, do Rio de Janeiro.

Fernando Codá.
 Além da idade, os perfis de Codá e Avila têm outras interseções. Para começar, os dois alcançaram notoriedade internacional graças a seus trabalhos para resolver problemas que há décadas perturbavam os matemáticos de todo o mundo. Ambos também estão no conjunto de apenas três brasileiros já chamados para serem palestrantes plenaristas no congresso. 

Artur Avila.
Avila falou aos colegas em 2010 em Hyderabad, na Índia, enquanto Codá fará sua apresentação na Coreia. Antes deles, apenas Marcelo Viana, também pesquisador do Impa, tinha sido plenarista, um prestigiado clube limitado a um máximo de 20 estudiosos a cada edição do evento, que acontece de quatro em quatro anos, no encontro de 1998 em Berlim.

Por que fogem da realidade?

por Joabi Teles

?????


NESSA noite 27 de dezembro, estava aqui ouvindo Luiz Gonzaga e comecei a refletir o quanto nosso povo gosta de fugir da realidade. Pois é! Nós nordestinos somos um povo considerado pobre, sem mesas fartas, carros de luxos e sem muito mordomia. Pelo menos é o que dizem alguns lá para as bandas do Sul.

Não é bem assim! Temos pessoas necessitadas, mas dessas tem no mundo inteiro, o Nordeste é Semi-Árido, mas também temos reservas d'água naturais e artificiais e temos praias lindas, ou seja, aqui não é só seca, e acima de tudo, somos trabalhadores, corajosos e alegres.


Alegria é assim!

Alegres! É isso mesmo! Pois existe as mais diversas raças, culturas e até mesmo pessoas consideradas da mais alta elite burguesa em nosso Nordeste. Mas o que que isso tem a vê com fugir da realidade e porque os sulistas descriminam os nordestinos? Tentarei responder essas duas perguntas em apenas uma palavra. Ela se resumi em “Cultura”.


Essa mistura é que nos faz felizes!

É! É isso mesmo, é na cultura que devemos mostrar nosso povo, nossas verdades, alegrias e riquezas em geral, mas alguns não pensam assim e preferem agir como marionetes do povo sulista e consequentemente dos americanos, já que a maioria são cópias americanas.

O certo é que devemos conhecer que não é só o que dizem, mas também não vivemos só em alegrias, pois temos os contra-pontos, e é nesses contra-pontos que devemos escolher coisas boas que tenham sentidos.

Cai entre nós, à música é o pivô de todas culturas.

Qual raça, tribo ou religião que não gosta de música? E suas músicas tem seus sentidos e são de suas origens. Então para que música melhor do que as do Gonzagão, Zé Ramalho, Fagner e outros vários compositores nordestinos com músicas excelente que falam sobre nossa realidade. Por que não ouvir “Suplica Cearense”, “Vozes da Seca” e “Triste Partida, do que ouvir “risca faca”, “tchê tcherere” ou qualquer outra música que não transmite nenhum sentido cultural, moral e real.

O que é mesmo “tchê tcherere”?

O que mesmo que eu estava falando?

Por que as pessoas de modo geral costumam ouvir musicas e assisti coisas que não lhes trazem nenhum sentido real para si e que foge totalmente de sua realidade?
Por que preferem que façam por você em vez de você mesmo fazer?
Por que não valorizam coisas boas de suas terras ao invés de valorizar coisas terríveis e externas?

Tempos Difíceis

Racionais Mc's

Tempos difíceis...
 
 
Eu vou dizer porque o mundo é assim.
Poderia ser melhor mas ele é tão ruim.
Tempos difíceis, está difícil viver.
Procuramos um motivo vivo, mas ninguém sabe dizer.
Milhões de pessoas boas morrem de fome.
E o culpado, condenado disto é o próprio homem.
O domínio está em mão de poderosos, mentirosos.
Que não querem saber.
Porcos, nos querem todos mortos.
Pessoas trabalham o mês inteiro.
Se cansam, se esgotam, por pouco dinheiro.
Enquanto tantos outros nada trabalham.
Só atrapalham e ainda falam.
Que as coisas melhoraram.
Ao invés de fazerem algo necessário.
Ao contrário, iludem, enganam otários.
Prometem 100%, prometem mentindo, fingindo, traindo.
E na verdade, de nós estão rindo.
Tempos... Tempos difíceis! (4x)
Tanto dinheiro jogado fora.
Sendo gasto por eles em poucas horas.
Tanto dinheiro desperdiçado.
E não pensam no sofrimento de um menor abandonado.
O mundo está cheio, cheio de miséria.
Isto prova que está próximo o fim de mais uma era.
O homem construiu, criou, armas nucleares.
E o aperto de um botão, o mundo irá pelos ares.
Extra, publicam, publicam extra os jornais
Corrupção e violência aumentam mais e mais.
Com quais, sexo e droga se tornaram algo vulgar.
E com isso, vem a AIDS pra todos liquidar.
A morte, enfim. Vem destruição, causam terrorismo.
E cada vez mais o mundo afunda num abismo.
Tempos... Tempos difíceis! (4x)
Menores carentes se tornam delinquentes.
E ninguém nada faz pelo futuro dessa gente.
A saída é essa vida bandida que levam.
Roubando, matando, morrendo.
Entre si se acabando.
Enquanto homens de poder fingem não ver.
Não querem saber.
Faz o que bem entender.
E assim... aumenta a violência.
Não somos nós os culpados dessa consequência?
Destruíram a natureza e o que puseram em seu lugar
jamais terá igual beleza.
Poluíram o ar e o tornaram impuro.
E o futuro eu pergunto, confuso: "como será?"
Agora em quatro segundos irei dizer um ditado:
"Tudo que se faz de errado aqui mesmo será pago"
O meu nome é Edy Rock, um rapper e não um otário.
Se algo não fizermos, estaremos acabados.
KL Jay! Tempos difíceis!
Tempos difíceis!
 
Música aqui: letras.mus.br/

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Tome a sua parcela de culpa


por Valdecir Ximenes

Se você odeia a política, se você odeio os políticos, se você odeia ou é indiferente ao que o congresso faz. Se você não se atualiza e não participa das coisas, saiba que toda a corrupção que existe no Brasil e que você alardeia aos quatro ventos que é contra, ou se você culpa bestialmente o governo pela corrupção histórica do Brasil, tome a sua parcela de culpa. Isso mesmo, você é culpado pela corrupção e pelas mazelas que a mesma faz ao Brasil. 

Você, tome a sua parcela!

Se você acha que ouvir um funk ostentação é melhor do que ouvir MPB, ou se você acha que o forró comercial que nos fazem e empurram goela a baixo é bom, tome também a sua parcela de culpa no desandar da coisa toda, pois você esta contribuindo para a podridão de nosso sistema e você não está contribuindo em nada para a cultura. E se não está contribuindo para a cultura brasileira, que é a base fundamental, você não pode alardear que é contra a corrupção, pois você está indo contra o que mais pode acabar com ela, que são a educação e a cultura elementar. 

Coloque a peça que falta.

Tomemos nossa parcela de culpa pelo desenrolar das coisas, pois se estamos nesse mundo precisamos mudar as coisas ou deixa-las como estão, o que pode ser muito ruim. Ao invés de reclamar (de forma injusta, pois covarde) devemos arregaçar as mangas e mudar o rumo das coisas. 

Este já está fazendo a sua parte...

Enfim, o texto é somente para incitar alguma coisa nesse sentido. Vá lá, tome a sua parcela de culpa e faça a sua parte. Estaremos todos juntos nessa luta!

Galos, Noites e Quintais

Por Benedito Rodrigues

“Não sou feliz, mas não sou mudo, hoje eu canto muito mais”, é assim que o cantor e compositor de origem coreauense Belchior fecha sua música intitulada Galos, Noites e Quintais

Quem sabe tal obra não tenha sido gestada sob os céus palmenses ou, pelo menos, traga consigo lembranças da simplicidade deste sertão fincado entre serras e serrotes...

Acredito que nossas origens nos acompanhem até o final terreno, por onde quer que andemos e por mais que tentemos, porventura, negligenciá-las. Sou um pouco da Palma por ande quer que ande; nestas terras dei meus primeiros passos, e sou feito do barro daqui.

Quantos mais filhos deste sertão não ganharam “este mundo de meu Deus”, fazendo o seu caminho, com saudade da tranquilidade dos quintais, do soar do vento à tarde e do cantar dos galos pela manhã ou na solidão da madrugada? Com a mesma naturalidade destes galos canta Belchior, esbanjando poesia e musicalidade.

Deixo que ele fale, pois dispensa comentários ou introduções:

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Austrália

Por Marcelo Mascarenhas


Uma ponte e um trilho para ônibus (o-bohn)...ahh eles pensaram também em construir a ciclovia, independentemente do custo da ponte ter sido quase dobrado (1/3 da ponte é para a ciclovia).

Primeiro, quero falar para aqueles que não me conhecem e que estão lendo isso aqui. Eu sou Marcelo Mascararenhas, nascido na Cabaceira (povoado de “três” casas em Coreaú - CE), “estudado” na Escola Raimundo Cardoso (em Boqueirão) até a 4ª Série do Ensino Fundamental (Esquema antigo) e, na Escola Santo Antônio (Araquém - Coreaú), finalizado a 8ª Série. O Ensino Médio foi na Flora Teles do Araquém nos seus tempos de vaca magra (em termos financeiros apenas!). Depois vieram UVA, Exército, Estácio de Sá (RJ) e UFRJ.

Esse processo me levou à Adelaide, Austrália. Acho que é por isso que fui convidado a documentar minhas coisas aqui e minhas coisas no decorrer desse percurso. Que fique claro que tudo que falarei aqui se refere quase apenas à Adelaide e será minha interpretação muitas vezes.

First days in Australia (primeiros dias na Austrália)

Alguma vez já ouvi dizerem que o clima quente ajuda a fazer do Brasil um país agitado de povo meio “desorganizado”. Não sei. Só sei que aqui é quente. Hoje fez 42 ºC. E Adelaide se localiza na parte Sul da Austrália.

Eu saí do Brasil com a ideia de que iria para um país desenvolvido no Hemisfério Sul. E iria entender como isso pode acontecer: como ser desenvolvido.

De fato, eu vim para um país desenvolvido. Austrália é o sexto em extensão territorial, quinto em PIB per capita e segundo em IDH.

Com isso me perguntei: será que essa riqueza vem dos países “explorados” pela Austrália. Entretanto, para ter uma noção inicial, procurei saber das trocas comerciais. As exportações aqui ficam par a par com as importações.  

Contudo, o que tem aqui que faz isso acontecer? É isso que quero mostrar nos textos que seguirão a esse, possivelmente.

Para começar...

Alguns fatos daqui.

Eu comecei a perceber já no primeiro dia aqui que eles respeitam muito o próximo e a ideia de que existe uma lei, um outro e uma postura a se seguir.

Eles trabalham pouco, comparado com os brasileiros. Eles supervalorizam as suas coisas e respeitam o meio ambiente. As pessoas não vivem com essa ideia de capitalismo, democracia, socialismo, comunismo, partido político.... na cabeça, tentando justificar uma ação pela teoria (política) por trás. O poder público existe e trabalha para as pessoas. As obras são pensadas na qualidade de vida dos usuários e não no lucro ou na supervalorização. Só para exemplificar, Adelaide tem 35789 km de ciclovias. Energia solar se expande a cada dia. E eles fazem as casas usando madeira em quase todas as paredes. Eles temem muito as queimadas (Bushfires), que podem invadir e destruir bairros inteiros. A presença de asiáticos (chineses, indonésios, tailandeses, japoneses, vietnamitas...) no ensino superior aqui é massiva. A população nativa (Aborígenes) daqui soma algo perto de 700 mil – Austrália tem em torno de 23 milhões de habitantes. Alguns europeus e latinos americanos também figuram nas universidades australianas. Eles tem o próprio conceito de churrasco (barbecue).

Existem muitos outros fatos. Fico ao dispor dos leitores para assuntos próximos.