sábado, 30 de novembro de 2013

13 bandas fodas pra você estourar o auto-falante de seu som

Já ia escrevendo pra você estourar o seu ouvido. Em todo caso não faça isso hehe

                       
        

  1. AC/DC
  2. Guns'N'Roses
  3. Rush
  4. Iron Maiden
  5. Rolling Stones
  6. Metallica
  7. Megadeth
  8. Manowar
  9. Accept
  10. Led Zeppelin
  11. Sepultura
  12. Scorpions
  13. Aerosmith
Se essa dica pega!
                             
                                                                                     
            
                                                          
É pegou né, Calvin?
                                                                      
                                                                                      
  


PS: a ordem de ouvi-las não é relevante, mas comece sempre com AC/DC!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ALERTA!




Também para este não serão aceitos comentários anônimos. Porém se o comentário for respeitoso, fundamentado e inteligente eu o publico. Mas não o responderei por mais bonito que seja. Já exclui vários deles aqui por serem muito ruins e por isso não acrescentar nada ao Blog.
Notícias também não posto (pode haver exceções), pois existem muitos bons blogs que já fazem isso como Ar@quem News, RM no Foco, dentre outros, e uma infinidade deles na internet. Se você tem coragem e gosta de escrever eu o convido para me mandar textos sobre qualquer assunto para mim publicar sua opinião aqui neste blog simples. O meu objetivo é fazer as pessoas escreverem sobre o que pensam, curtem, gostam.
Também aceito críticas fundamentados às nossas gestões. Oura coisa importante é você discordar das minhas publicações, fundamentar sua discordância e assinar. Um exemplo disso está num texto do Papo de Homem: "Este texto é ruim. Cheio de convicções. Sexo realmente sempre é "felicidade"? Se socializar realmente é sinônimo de "felicidade"? Não é o contexto que torna uma situação feliz? Um bandido fica "feliz" quando mata um policial! O político corrupto fica "feliz" ao roubar e gastar o dinheiro público! A menina de 15 ficou feliz ao abortar! O que é felicidade? Felicidade...muitas definições. Não quero ser advogado do diabo....mas porque temos que estar a todo momento "felizes"? Felicidade está ligado a contexto e cultura de um povo? Gostaria de ser ignorante a aplaudir seu texto...mas não gostei dele...Convicção pessoal. Abraços!". Ao que o autor escreveu: "Quem dera todos os que não gostassem dos textos daqui expressassem as suas discordâncias da mesma forma que você, Tiago. Forte abraço, discorde sempre! ;)".
E ficarei grato por isso, se você me ajudar nesse sentido.
Agradeço pelas visitas que ultimamente têm aumentado a este modesto Blog.

Valdecir Ximenes

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Algumas bandas pra você se convencer que existe música de qualidade no Brasil

 
Por Valdecir Ximenes

Frequentemente ouço lamentos cotidianos dos amigos sobre a qualidade da música nos dias de hoje. Uns caras mais insubmissos e inquietos se precipitam e dizem que a boa música acabou, já que Raul morreu, Renato e Cazuza também. Não é bem assim. Alguns até apontam os cinco dedos de cada mão, julgando Fiuk, Justin Bieber, Restart ou Lady Gaga pela vida, alegando que “o mundo está perdido e os artistas não têm talento”. É verdade que a Legião não existe mais e nem os Engenheiros. Mas nem tudo está perdido. Apesar de preocupante a falta de originalidade de muito da música que se está fazendo, pelo menos, da que nos são impostas comercialmente, nem tudo está perdido. Há muita luz no fim do túnel. Muita mesmo, felizmente.
Outro fato também é que somos/estamos sendo programados para ouvir porcarias. Isto mesmo. Estão nos programando com se fôssemos computadores para ouvir: forró, funk, axé, sertanejo e um tal de sertanejo universitário, o escambau e muita putaria..

É justificável que as pessoas estão muito ocupadas em seu cotidiano e, com suas vidas e seus projetos, por isso, não tenham tempo para garimpar o que há de melhor por aí; por exemplo, na internet. E estando ocupados demais não temos tempo – e as vezes nem interesses - para buscar música boa que os caras estão fazendo por aí. As vezes nem sabemos que estão fazendo! Mas a internet é um lugar divino, a gente acha muita coisa boa que o diabo parece que fez e escondeu pra ninguém ouvir por ser bom demais. Mas quando se caça, acha. Diz o sábio ditado. 
 
Bem antes de ir direto ao pote (você já deve estar com sede de rock), é bom explicar o mote com o qual as bandas foram escolhidas. Em primeiro lugar, tirei logo de cara as bandas mais famosas tais como Pitty, Raimundos, Cachorro Grande, Velhas Virgens etc, que já se projetaram na história (são foda) sendo hoje o bê-a-bá do rock’n'roll nacional e que, com isso, estão ainda em atividade. A ideia fundamental é dar/traçar um panorama do que é o rock nacional nos dias de hoje.
E taqui a coisa toda. Rock na veia!!

Moptop

Essa banda é o bicho. Conheci ela em 2009 quando teve um especial do som brasil na Globo sobre a Legião em que eles cantaram “tempo perdido” e me fizeram a cabeça logo de cara. Usava muito o orkut e la tinha uma comunidade Moptop onde fiquei conhecendo mais sobre o som da banda e a biografia de cada um. O vocalista Gabriel Marques é formado em Ciências Sociais e todos eles são feras. Formada em 2003, no Rio de Janeiro, o Moptop é formado por Gabriel Marques (voz e guitarra), Rodrigo Curi (guitarra), Daniel Campos (baixo) e Mário Mamede (bateria), que se juntaram com o objetivo de tocar rock. Entre as influências da banda, estão Strokes.

A banda começou com o nome "DeLux" fazendo músicas em inglês e tocando em shows pequenos. Em 2004, a banda mudou o nome para "Moptop" em homenagem ao corte do cabelo dos Beatles e começou a tocar em shows e festas maiores.

Vanguart

É uma banda de folk rock formada no ano de 2002 em Cuiabá no Mato Grosso, pelo vocalista e violonista Hélio Flanders. Em agosto de 2007 eles também estavam no Som Brasil da Globo homenageando o eterno Raul Seixas, tirando de letra. O Vanguart é bastante influenciado por artistas de rock alternativo, blues e rock clássico, tais como Johnny Cash, Bob Dylan, The Beach Boys, The Velvet Underground, Beatles e Neil Young como também de estilos musicais típicos do Mato Grosso. Seu repertório inclui músicas em três idiomas: Português, Inglês e Espanhol. Essa variação linguística foi um dos principais impasses na hora de selecionar as músicas que fariam parte de seu primeiro álbum. Segundo Helio Flanders, "Todo mundo queria um disco em português". Entretanto torna-se um som bastante agradável.
Seus integrantes são:
  • Hélio Flanders (vocal, violão e gaita)
  • Reginaldo Lincoln (baixo)
  • David Dafré (guitarra)
  • Douglas Godoy (bateria)
  • Luiz Lazzaroto (teclado)
  • Fernanda Kostchak (violino)

Matanza

É uma banda de rock and roll do Rio de Janeiro formada em 1996. Sua música é uma mistura de hardcore punk, country e heavy metal, formando assim, o gênero que a mídia intitulou de "conuntrycore". O Matanza foi idealizado nos anos de 1993 por Jimmy e Donida, atendendo à idéia de explorar as melodias simples e diretas da fase inicial da carreira do cantor americano Johnny Cash, adaptadas a um andamento de bateria como o que se ouvia da banda escocesa The Exploited. Completavam essa formação embrionária, o baterista Nervoso e o baixista Diba, registrada na demo de 1998 Terror em Dashville.
A banda possui letras cínicas e sarcásticas, que falam de ódio, violência, bebidas e mulheres. Possuem um clima de velho oeste estadunidense. A mídia batizou o estilo criado pela banda de countrycore. Os membros da banda são admiradores de Johnny Cash e, em 2005, gravaram um álbum de versões para músicas da fase inicial de sua carreira, batizado como To Hell With Johnny Cash. No álbum de 2006, A Arte do Insulto, o Matanza explora diversos elementos da música tradicional irlandesa. Entre as grandes influências, também estão as bandas: Motorhead, Slayer, Dropkick Murphys e The Exploited, basicamente, bandas de metal extremo e punk rock.

Madame Saatan

Madame Saatan é uma banda de heavy metal brasileira formada em 2003 em Belém do Pará. Pros machos, uma mulher é vocalista desta banda. Pra mulheres, uma inspiração seguramente. Sammliz.
Aliado a estilos pesados como heavy metal, thrash metal e hardcore punk com elementos regionais/locais (carimbó, guitarrada, lundu), brasileiros além de blues e pop. Considerada uma das bandas mais originais surgidas nos últimos anos na cena rocker brasileira por público e crítica especializada e tido como um dos shows mais avassaladores dos festivais independentes por onde passou. banda bem original, como pode se notar.

Motorocker

Motorocker é sangue no olho, rock na veia. É sim, tá no álbum deles de 2010 intitulado justamente (adivinhe!) Rock Na Veia. Uma sonzeira do caralho, rock nos moldes de AC/DC. Inclusive eles já fizeram cover deles, do AC/DC. Faça o seguinte: coloque eles no play, aumente o volume e.. sem mais!

PS: Essa é a primeira lista. Farei uma segunda publicação. Sugira bandas que você conhece nos comentários. Não precisa ser necessariamente de rock, apenas que faça uma música boa e tenha um belo som. E não é pedir demais!!!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

QUANDO NOSSA TERRA IRÁ PROSPERAR?


Talvez até se esforcem em pensar, nalgum momento, mas as rédeas que lhes prendem restringem até o alcance de suas vistas. Pobres aqueles que se deixam dominar.
Por Benedito Gomes Rodrigues

Coreaú bem que poderia ser mais... aplaudir seus talentos, cultivar seus potenciais, acreditar no futuro e plantar agora a resistência a modelos podres de poder que aqui se enraizaram. E por que não o faz? A mesquinhez que barra o verdadeiro progresso, aonde se encontra?

Vejo-a quando os que se esforçam por tentar ser diferentes são como ovelhas negras, excluídas do rebanho; aqueles que querem crescer são apontados e se mobiliza a torcida por sua derrota – ao contrário dos que corroem o bem público, dos sanguessugas, que são impunes e aplaudidos.

Por quanto mais tempo o povo se arrebanhará e se venderá, pedinte? Por quanto mais tempo se diminuirão nossas potencialidades, amarradas elas a esperanças falidas de que os patrões, coronéis de hoje, soltem alguma mísera migalha ao chão?                                         
Abundância, mas para todos!
O nosso crescimento poderá ser medido acima da mesquinhez quando os dedos que apontam risonhos a torcer pela queda de uns se tornem em dedos que, juntos, alcancem outras mãos e façam a labuta pela construção de um Coreaú de todas e todas, maior que qualquer eleição, que qualquer cargo temporário, que qualquer quantia de dinheiro empregada na compra de votos, que qualquer pequenez mobilizada pelo egoísta pensamento que diz “que faça, eu, por mim o mínimo, o mais fácil, e ao outro nada.”

Esse dia novo virá quando nossa terra se enxergar para além dos egoísmos cegos, e para além dos grilhões que a falta de perspectivas dá.
A utopia está no horizonte, então agarremos-la!
PS: as imagens e legendas não fazem parte do original do autor. O moderador do blog tomou a liberdade de inclui-las aqui!

Antigos apoiadores do poder público na gestão Roner se passando por “críticos” da atual gestão

por Valdecir Ximenes
                                                                      
"Críticos": lobo vestido em pele de cordeiro
Coreaú é uma cidade emblemática. E cínica e hipócrita de modo geral, mesmo havendo exceções. Pessoas que “mamavam” no poder público agora se fazem de “críticos”, por que colocados pra escanteio. Passado uma gestão de inércia e marasmo, nepotismo, ineficiência e falta de transparência, não se tinha nenhum blog de anônimos apontando todos esses erros grosseiros que se cometiam e agora aparecem como os arautos da democracia e paladinos defensores da liberdade, “críticos” do sistema. Mas falta muito para isso tudo. Muito mesmo.
                                                    
Assim é fácil: mó barato, muito barato!
Na gestão do governo Roner tinha-se críticos abertos, diretos, de cara limpa e disposta a tapa para criticar um governo fajuto e oportunista e consequentemente injusto com a população em geral. Os revolucionários eram (e são) pessoas cultas e sedentas por conhecimento, que são autônomas e independentes. Pelo menos o são os verdadeiros revolucionários de que estou falando. Não falo de terceiros que fazem picuinhas políticas por não ter a sabedoria necessária para ver e criticar sabiamente e independente de lados partidários, que muitas vezes nem sabem o que é um partido. 
                                                     
Falo deste tipo de revolucionário: verdadeiro 
Os revolucionários que defendo propõem outras alternativas e não se prendem a polaridades, maniqueísmos de que só se tem dois lados. Existem mais lados da mesma moeda. Muitos lados,

O que legitima as nossas visões e criticas é a transparência, o fato de que você me ver para contra-argumentar e assim gerar a controvérsia, o debate, o contraponto. Se eu critico alguém e não lhe dou a cara para me ver e fazer o contraponto, eu não sou justo e por isso não convém a minha crítica, por que sou desonesto. E desonestos não merecem a nossa atenção. Não mesmo.

Os revolucionários que defendo andam pelas próprias pernas. Estudam, trabalham, são competentes, são independentes, tem fundamentação própria. Criticam todas as gestões publicas, dando-lhes o ponto de vista fundamentados e coerente. Não se prendem a paixonites políticas miúdas e medíocres. Eles não tem medo de criticar, pelo contrário, impõem respeito, por que têm convicção, são seguros do que fazem! Não se escondem por trás de máscaras nem de poder publico como faziam (e fazem) muitos que agora, com saudades de mamatas, se magoam desfiando arrogâncias em cima dos independentes.

Quero ver assim: no difícil.
É verdade que o inferno são os outros (Sartre/Titãs/Detonautas). Os mesmos oportunistas, que agora são “críticos” tinham oportunidades a olhos vistos. Ostentavam poder e glória, enquanto os críticos/revolucionários eram perseguidos até mesmo na sua competência: se eram aprovados em concurso público, não foram chamados por que eram do “contra”. Uma afronta aos princípios democráticos e humanos! E também aos valores cristãos de humanidade e honestidade . Depois que seu “Moment of Glory” se vai ficam as mágoas e o tempo “oportuno” para crticarem anonimamente, o que, como já disse, é fácil por que desonesto.

Por fim, para bom entendedor meia palavra basta!

Punho (da mão esquerda) cerrado!


sábado, 23 de novembro de 2013

Pesquisa demonstra que mundo virtual torna jovem mais participativo em aula


Não há, certamente, ninguém, com mínimo espírito crítico, que a partir de certo momento da vida escolar não se tenha perguntado: “Para que estou aprendendo isso? O que isso tem a ver comigo?” As novas tecnologias e seus apelos cada vez maiores tornam esses questionamentos recorrentes, agravados hoje pela inquietação e impaciência dos jovens. Talvez, associem a escola a uma diligência que perdeu os cavalos e segue por áridos descaminhos impulsionada pela inércia, carregando giz e quadro negro.
Depois de licenciada em Letras, Melina Aparecida Custodio foi à sala de aula dedicando-se ao ensino de gramática e produção de textos em várias escolas privadas que adotam sistemas de ensino. Passou a incomodá-la a postura de espectador dos alunos que simplesmente recebiam o conhecimento, o registravam e não sabiam o que fazer com ele. A vaga promessa de que no futuro serviria para alguma coisa, que cairia no vestibular, soava distante.
Resulta daí um grande contingente de alunos desinteressados, mesmo porque grande parte das informações passadas em sala e abordadas nas diversas apostilas é facilmente encontrada na internet. São circunstâncias que geram em sala tédio, conversas, indisciplinas e tentativas de uso do celular, mesmo proibido por lei, como fuga do que se tornou enfadonho.
Preocupada e disposta a mudar esse quadro, Melina voltou ao Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp para cursar pós-graduação no Departamento de Linguística Aplicada, em que atuam professores especializados no ensino de língua materna. Lá se discutiam, entre outras, questões relacionadas às culturas da juventude, ao uso de novas tecnologias no ensino de línguas, embora os caminhos a serem percorridos não estivessem ainda totalmente pavimentados. Orientada pela professora Roxane Rojo, ela se propôs a estabelecer os possíveis diálogos entre produção escrita na escola, novas tecnologias e culturas da juventude, em investigação que culminou em sua dissertação de mestrado.
Ao constatar que a cultura dos jovens provinha essencialmente do mundo virtual, Melina teve a ideia de pesquisar possibilidades e implicações de sua utilização na escola. Partiu, então, para um trabalho diagnóstico. Procurou verificar o que os alunos realizavam com grande motivação no mundo virtual e a que situações a escola os submetia para tentar motivá-los a aprender o conteúdo que se propunha a ensinar. Essencialmente, ela pretendia descobrir o que os motivava a produzir na internet e por que não o faziam em sala de aula, em que angustiados, descambavam para a indisciplina, fenômeno recorrente na escola de hoje.
Ela partia da crença de que era preciso fazer os alunos se apaixonarem pelo conteúdo de modo a se mostrarem motivados a perceberem o significado do que estavam aprendendo. “Para que isso ocorra não se pode tratar o aluno como mero espectador, despejando conhecimento e informações a que ele já tem acesso através da internet. Claro que estou considerando a realidade de uma região em que a maioria dos alunos tanto das escolas privadas quanto públicas dispõem da web”, pondera.

Caminhos
Depois de ter diagnosticado as atividades de seus alunos na internet, Melina se propôs a determinar como essas vivências poderiam ser aproveitadas na sala de aula. Portanto, seu trabalho teve como principal objetivo compreender possíveis relações entre as práticas letradas de jovens no espaço virtual e a influência desse repertório na produção colaborativa de texto escrito e, assim, inferir quais ganhos a exploração dessas relações podem trazer ao ensino-aprendizado da escrita na escola.
Em seu estudo de caso, baseado em um grupo de alunos do oitavo ano do segundo ciclo do ensino fundamental, em escola privada da cidade de Campinas, SP, utilizou uma proposta de produção colaborativa digital, do gênero tragédia.
A atividade foi estruturada de forma a lhe permitir analisar durante o seu desenvolvimento os registros gerados e decorrentes – através da ferramenta digital Google Docs, conectada à internet –, de práticas colaborativas de escrita de grupos de cinco alunos. A colaboratividade estava garantida através de uma atividade conjunta, para a produção de um texto, utilizando uma ferramenta virtual que não exige que os participantes precisem trabalhar ao mesmo tempo e no mesmo lugar.
Basta que um dos componentes do grupo inicie o processo para que todos os demais participantes entrem e comentem, modifiquem, sugiram alterações e melhoras. Resulta um trabalho conjunto à distância, em que as várias etapas do procedimento, do início à conclusão, possam ser acompanhadas pelo professor.
A tarefa proposta assentou-se sobre uma abordagem prevista no planejamento da escola, baseada na leitura de texto que faz parte da cultura valorizada, a tragédia de Hamlet, em Rei Lear, de Shakespeare, sobre o qual rotineiramente deveria ser produzido um texto em sala. Procedida a apresentação e discussão de trechos dessa tragédia, a professora propôs que cada grupo produzisse livremente outra tragédia, mas ligada às suas vidas, às realidades que estavam vivendo, mobilizando para tanto elementos provenientes de suas culturas.
Com efeito, nas orientações impressas entregues aos alunos lê-se: “A tragédia a ser produzida deverá abordar um tema de interesse do seu grupo, explorar recursos e assuntos com os quais nem os gregos (referência à tragédia grega também estudada) nem Shakespeare sonharam”.
Portanto, os alunos podiam produzir a tragédia não só a partir dos conhecimentos adquiridos na escola, mas foram instigados a utilizar repertórios, não valorizados pela escola, mas que fazem parte dos seus universos: letras de música, videogames, histórias em quadrinhos de estilo japonês, os mangás, animações produzidas no Japão, os animês.
Ao final de um bimestre, resultou um trabalho muito rico, com participações e envolvimentos dos alunos, como se pode depreender da leitura dos textos reproduzidos nos anexos da dissertação. O resultado obtido não encontra paralelo nos trabalhos realizados rotineira e individualmente na sala de aula, em que o aluno dispõe de tempo limitado para elaborar um texto em que suas vivências culturais não são solicitadas.
Consequências
Ao serem motivados a utilizarem textos das várias mídias que frequentam e abordam temas relacionados às suas vidas, os alunos sentem resgatadas e valorizadas suas vivências fora da escola e sua essência humana. Nesse processo, a literatura valorizada e o conteúdo programático continuam utilizados, mas de forma diferente. “Ao fazer o aluno compreender a importância dos seus conhecimentos e vivências e como eles podem ser utilizados na escola, propicia-se o despertar de uma paixão. A partir desse sentimento, ele se sente motivado a ir à escola, a trabalhar, a mostrar o que sabe e revela-se produtivo e criativo. É o que se quer desenvolver no jovem hoje: participação na sociedade, no mundo do trabalho com atitudes éticas, cívicas e proativas”, diz a pesquisadora, com entusiasmo.
As mudanças de atitudes emergem quando os próprios alunos assumem o papel do professor manifestando irritação por erros dos colegas, como os relacionados à norma culta da língua. E manifestam cuidados mútuos em relação às suas escritas, retomando regras que pareciam ter sido ensinadas em vão na sala de aula para justificar correções no texto.
À medida que ocorre a produção do texto, links remetem ao material consultado e que serviu de base para sua elaboração, o que permitia que a professora se inteirasse dos gêneros textuais que os interessavam. A partir deles, ela explorou relações com os conteúdos a serem ensinados em sala de aula para que, partindo daquilo que fazia sentido a eles, pudesse conduzi-los ao aprendizado esperado.
Valendo-se então da motivação despertada, Melina estabeleceu um diálogo entre os interesses dos alunos e os objetivos da escola que, no seu caso, eram os conteúdos gramaticais e o trabalho com gêneros valorizados da literatura. Concretizado esse diálogo, a professora observou o aumento da autoestima e grande melhora na disciplina, reações que ela atribui ao fato de os alunos não se sentirem mais apenas espectadores, mas também produtores que tinham encontrado a oportunidade de utilizar seus conhecimentos. E mais, a disciplina de redação não se reduziu à apresentação de textos de livros ou jornais, em cuja qualidade deveriam se espelhar. Fato que muitas vezes contribuía para lhes rebaixar a autoestima, pois criavam expectativas absurdas: elaborar individualmente em folha avulsa, em 50 minutos, textos semelhantes àqueles que foram produzidos por profissionais em maior intervalo de tempo e revisados por colaboradores, tal como ocorre na rotina de jornais e editoras.
A conclusão da pesquisadora é a de que o conhecimento individualizado, hierarquizado, não motiva o aluno, não desperta paixão, não leva a uma postura proativa, não atrai e em boa parte dos casos gera indisciplina. Diante da percepção de que os jovens lidam na internet, no seu dia a dia, de forma muito interativa, com gêneros que têm muito a ver com o gênero narrativo trabalhado na escola, que envolve igualmente ficção cientifica e o fantástico, ela decidiu-se por utilizar colaborativamente habilidades e conhecimentos que fazem parte de seus universos para a produção de textos que remetem aos conteúdos valorizados na escola.
Em sua dissertação, Melina chama a atenção para a extrema importância da valorização das coleções dos alunos na garantia do aprendizado efetivo, sem escamotear as questões sociais e culturais imbricadas nos mais diversos usos da linguagem. Considera essa abordagem bastante diferente daquelas sedimentadas na escola que ensinam os gêneros pelos gêneros, sem que os alunos saibam os contextos em que ocorrem e com quais propósitos.
Para ela “vem bem a propósito a discussão do papel do professor, que frente a esse panorama, não pode mais ter sua função reduzida à transmissão de informações. A ele são lançados os desafios de conhecer as vivências culturais de seus alunos, construir projetos de trabalho que os insiram em práticas autênticas de produção de conhecimento, preparando-os para práticas bem-sucedidas de participação nas múltiplas maneiras de ser humano”.
Com informações de Jornal da Unicamp.

(Fonte: Revista Espírito Livre)

sábado, 16 de novembro de 2013

MINHA INSPIRAÇÃO

Nem sei bem de onde vem
Só sei que me faz muito bem
Contigo viajo além do além
E se me encontro perdida
Uma força me leva a saber que está comigo.


Ás vezes me acalma
às vezes me irrita
Mas quando você vem
Traz contigo tanta delicadeza
Que só sei te admirar.


Tu tens o brilho de uma estrela
O perfume das flores,
A beleza do pôr-do-sol
A simplicidade do amanhecer...
Tu tens nome, sobrenome
E o sorriso mais lindo de todos.


Acho que nem preciso falar,
Mas minha inspiração é você.
                                                         
(Daiana Lima)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Jovem Novo Selvagem


Prof. Luiz Ferraz Netto


A respeito da Ciência, permitam-me iniciar com uma breve relato verídico.
Na II Guerra Mundial os selvagens papuas, da Nova Guiné, assistiram à chegada dos brancos que abriam pistas na floresta, falavam dentro de latas, e logo depois faziam chegar enormes pássaros metálicos cheios de alimentos e coisas admiráveis. Os brancos afirmavam ser os fabricantes da comida e latas e dos aviões, coisa em que nenhum papua acreditou.
O que os brancos tinham era uma mágica eficiente para chamar aqueles pássaros. E logo os papuas começaram a fazer suas próprias pistas e a fabricar imitações das estações de rádios dos brancos, erguendo fios sobre antenas de bambu, falando dentro das latas que imitavam microfones. Não dava resultado! Os aviões não desciam no "aeroporto" dos papuas. Paciência. A mágica não fora bem feita. E recomeçavam tudo de novo.
E uma nova religião, o culto cargo (nome inglês para carregamento), nasceu da observação da técnica científica por parte de quem não tem a menor idéia do que seja a Ciência.
O relato não nos dá motivos para rir dos selvagens.
A magia --- ilusão pré-científica de que é possível obter poder sobre as coisas manipulando obscuramente forças desconhecidas --- floresce ainda nas nossas sociedades industriais. É tal o seu peso que algo de muito estranho se deu: a própria Ciência passou a ser vista como uma espécie de feitiçaria. O cientista é imaginado como um mago que obtém seu poder de fontes obscuras e de uma inteligência inacessível ao comum dos mortais.
Façamos uma experiência: vamos perguntar ao homem da rua por que, quando ele aciona um interruptor, a luz acende. Obteremos uma vaga resposta referente a uma entidade mitológica chamada eletricidade. Se aprofundarmos o inquérito, ele nos dirá que se trata de coisas muito complicadas, que só os cientistas (talvez ele use a palavra engenheiros) --- isto é, os novos feiticeiros --- são capazes de entender. Além disso, a Ciência, para ele, só se manifesta através de uma coisa chamada matemática --- mistura confusa de números e símbolos dotada de poder evocatório, como os antigos ritos.
O selvagem não se espanta com os milagres técnicos. Para quem vive cercado de milagres e tudo é mágica --- chuva, caça, vento, fogo ou doença --- , que podem importar algumas mágicas a mais? Daí sua indiferença pela fotografia, rádio, avião ou luz elétrica.
Nossos avós, que saíam de um mundinho pacato, tradicional, onde as poucas coisas que mudavam o faziam lentamente, espantavam-se e ainda se espantam com os contínuos triunfos da era científica.
Mas o homem comum contemporâneo voltou a uma situação muito parecida com a dos selvagens.
Nascido num mundo em contínuas transformações, apesar de acreditar na natureza mágica da Ciência, nada mais lhe parece estranho. O anúncio de que homens pousaram na Lua causa muito menos entusiasmo que a notícia sobre Santos Dumont erguendo vôo num aparelho mais pesado que o ar ou, num exemplo mais moderno, personagens de novela falando com familiares, em outro continente, via computador.
Os papuas fracassaram em sua tentativa de usar a "Ciência" para fazer descer os aviões do céu. Desistiram dela, voltando à vidinha que têm levado no último meio milhão de anos.
Mas suponhamos que nós tivéssemos de desistir do uso da Ciência. Suponhamos uma estranha amnésia atacando subitamente os cientistas e técnicos do mundo. Todos esqueceriam o que sabem e seriam incapazes de ler os livros científicos, de repente tão misteriosos para eles quanto o são para os homens da rua. Estupefatos, olhariam para seus aparelhos tornados incompreensíveis, tentando adivinhar para que servem.
Em questão de horas, grande parte da maquinaria industrial começaria a agonizar e a imobilizar-se, enquanto seus responsáveis procurariam manipulá-la ao acaso. Em poucos dias, milhões de cadáveres juncariam as ruas das cidades. O colapso iniciado com a falta de petróleo e eletricidade e o fim dos transportes rápidos, com o passar das horas, atingiria os estoques alimentares das cidades, que se esgotariam sem ser substituídos. À noite, nas cidades paralisadas, apenas o clarão dos incêndios acidentais e a Lua iluminariam as multidões em luta por restos de comida.
Das montanhas de lixo sairiam os fantasmas abolidos do passado: peste, cólera, varíola, escarlatina. E as populações urbanas fugiriam das cidades apenas para encontrar de novo a morte nos campos e florestas.
O motivo é simples: o Brasil, na época da independência, tinha 4 milhões de habitantes, bem menos do que tem hoje a cidade de São Paulo. Produzindo alimento em escala nunca sonhada na história do mundo, e diminuindo a mortalidade, a técnica científica permitiu um imenso aumento populacional. Sem a possibilidade de produzir alimento em massa, transportá-lo rapidamente e privado dos recursos da medicina, esse "excedente" de população industrial morreria em poucos meses.
Morreria mesmo muito mais que esse "excedente".
Um selvagem abandonado numa ilha deserta tem mais possibilidade de sobreviver que um funcionário de banco.
O homem da cidade científica não se assemelha a um antigo camponês egípcio ou chinês: parece-se muito mais com uma formiga, que morre quando desgarra de seu formigueiro.
Não podemos agora viver sem a Ciência.
Mais ainda --- não podemos viver sem que ela progrida. A população não pára de crescer e a aplicação da Ciência, que fez surgirem as imensas populações das sociedades industriais, criou para elas problemas que antes não existiam: poluição da água e do ar, superpopulação, novas doenças, habitação, transporte, educação para milhões.
Só a Ciência pode resolver os novos problemas que ela mesma suscitou.
E a Ciência tem respondido ao desafio, ampliando a produção dos alimentos, criando novos medicamentos, inventando computadores que processam milhões de dados em velocidade fulminante e máquinas de educar, estudando o cérebro humano e os recursos naturais, planejando, prevendo, pesquisando.
Mais e mais a sociedade precisa de cientistas e de conhecimento científico para progredir e manter-se viva. Passo a passo, irreversivelmente, a vida se torna mais e mais científica.
O paradoxo de nossa época é que massas de homens, que sem a Ciência estariam mortas, ignoram tudo da Ciência. O " novo jovem selvagem" passeia por entre "mágicas familiares" --- máquinas de ver à distância, de voar, de curar --- e não tem a menor idéia de como funcionam.
Entre os mais educados dos "novos selvagens" --- e há entre eles pessoas altamente educadas, universitários, literatos, jornalistas, juristas, filósofos --- existe mesmo a crença, muito divulgada, de que a Ciência criou uma vida antinatural para o homem.
Mas o que é natural? Que é voltar à natureza, ao mundo de antes da Ciência? Um moinho de vento, uma enxada, um machado de pedra, o fogo que cozinha os alimentos nada têm de naturais. São invenções humanas. Em que um moinho de vento é mais natural que um moinho elétrico, o uso do fogo mais natural que o da energia atômica e o emprego da pedra lascada mais natural que o do aço?
Não há caminho de volta.
Nossa sociedade só pode resolver os problemas nascidos da aplicação da técnica científica desenvolvendo a Ciência, aumentando o número de técnicos, educando em massa sua população.
Essa educação não se pode processar apenas nas escolas. Mais e mais a divulgação científica, dedicada aos não-profissionais da Ciência, ao homem da rua, aos jovens, aos especialistas de outros ramos, será uma atividade fundamental para a Humanidade.
Nosso conselho aos jovens --- participem da Ciência, não se tornem um Jovem Novo Selvagem.
(Do site Feira de Ciências)