sábado, 29 de março de 2014

Eu sou um Demônio e não me deixo abater nunca


por Valdeci Ximenes

A vida é difícil meu amigo. É um campo de batalha, mas eu mesmo não sou lá muito bom. Eu sou um tsunami, um furacão. Ou melhor, eu sou um DEMÔNIO. Isso por que precisamos ser duros que nem o aço para encará-la. O sofrimento de quem luta, batalha e labuta é tremendo. As pessoas, os familiares, tudo se coloca parcial (ou integralmente) contra. Precisa-se ter punhos de aço para continuar na luta. E não, Deus não é aliado incondicional e nem muito menos o demônio

O titã contra a Fúria. Eu sou a fúria.
 No caso, você mesmo é que tem que ser resistente, que lutar, espernear, adquirir habilidades para ficar sempre na defensiva. Na vanguarda da vida. A gente é que tem que saber o caminho da pedras. Ninguém nunca vai lhe da o peixe. Você tem que aprender a pescar. Mas não somente pescar. Você tem que lutar para adquirir a isca e o anzol. E depois é que começa a batalha. Não há subterfúgio para a batalha da vida, meu camarada. Temos que ser demônios.

E não. A sua crença religiosa, o seu sistema religioso de mundo não vai ajudar em nada. Se você se deixar levar pelo seu sistema religioso, as coisas vão se afogar ainda mais e quando você ver no fundo do poço pode ser que você se toque. E aí, meu amigo, é que você vai entender que você tinha as armas apropriadas mas não as usou adequadamente.

Eu sei que você pode não entender o meu texto, a minha ideia. Pode não querer entender, mas não importa. Você não precisa entender.

Eu passo constantemente por apertos perante a vida. E cada vez que passo por isso me fortaleço mais. Que nem Nietzsche: aquilo que não me mata, me fortalece. De uma criança perdida e atônita eu me tornei um demônio, um demolidor de fraquezas. Da minha própria fraqueza. Eu exorcizo os meu demônios (e a mim mesmo) e entro de cara no que me faz andar pra frente. Sou adepto da filosofia do aço: pra mim quanto mais difícil, melhor. Não existem receitas prontas nem formulas fáceis para a batalha vida. Não existe bondade naquilo que demanda maldade. Não existem coisas fáceis na vida pra ninguém.

Ou o demónio dentro do Hulk!
Eu sei o caminho das pedras. Mas você tem que chegar lá pelas suas próprias pernas. E não, não seja fraco. Pois a fraqueza é sinônimo de covarde. Por que você sabe que é assim e você sabe que precisa ser assim. Mas você se acovarda e nem luta, nem ambiciona, nem persiste. Desta maneira já se perdeu a batalha contra a vida. E pior, já perdeu a guerra contra a vida que só quer que você seja um guerreiro.

Quanto a mim, eu sou um demônio e não me deixo abater. Não deixarei nunca!


quarta-feira, 26 de março de 2014

Jack Black: “Dio era o Pavarotti do Metal”


 Dupla fala sobre a influência de Dio

A banda de Jack Black e Kyle Gass, Tenacious D, foi entrevistada no site Music For Good, para falar sobre o álbum em tributo a Ronnie James Dio, “This Is Your Life”. A dupla falou sobre a influência do cantor na banda e no Heavy Metal.

Black comentou: “Dio era o mestre. Ele era o Pavarotti de vocalistas de Heavy Metal. Ele tinha melodias incríveis e uma voz muito poderosa, como um rugido de leão. E ele ainda era um dos caras mais legais que eu tive a honra de conhecer. Ninguém chegava perto da sua grandeza. No palco ou fora dele”

Ouça o medley com músicas do Rainbow feito pelo Metallica em tributo a Dio

Gass falou sobre The Last In Line, música que a banda faz cover para o álbum tributo: “É difícil escolher uma música do Dio. Mas esta nos atraiu especificamente”. Gass ainda falou sobre a participação de Dio no filme “The Pick Of Destiny”: “Claro que Dio sempre foi uma inspiração para nós. A sua performance no filme foi um momento mágico para nós. Nós sentiremos sua falta para sempre.”

Ouça a faixa gravada pelo Motörhead e Biff Byford em tributo a Dio

O álbum tributo a Ronnie James Dio tem lançamento previsto no Brasil para o dia 19 de Maio. Confira abaixo o tracklist e clique nas músicas que já foram disponibilizadas:

1. Neon Knights (Anthrax)
2. The Last In Line (Tenacious D)
3. The Mob Rules (Adrenaline Mob)
4. Rainbow In The Dark (Corey Taylor, Roy Mayorga, Satchel, Christian Martucci, Jason Christopher)
5. Straight Through The Heart (Halestorm)
6. Starstruck (Motörhead com Biff Byford)
7. The Temple Of The King (Scorpions)
8. Egypt (The Chains Are On) (Doro)
9. Holy Diver (Killswitch Engage)
10. Catch The Rainbow (Glenn Hughes, Simon Wright, Craig Goldy, Rudy Sarzo, Scott Warren)
11. I (Oni Logan, Jimmy Bain, Rowan Robertson, Brian Tichy)
12. Man On The Silver Mountain (Rob Halford, Vinny Appice, Doug Aldrich, Jeff Pilson, Scott Warren)
13. Ronnie Rising Medley (composta de A Light In The Black, Tarot Woman, Stargazer, Kill The King)” (Metallica)
14. This Is Your Life (Dio)

Fonte: Wikimetal

terça-feira, 25 de março de 2014

#GritoRock

Durante os dias 26 à 29 de março Sobral recebe, pela segunda vez, o Grito Rock. O Festival colaborativo – que chega a 400 cidades no mundo em 2014 – além de fomentar o cenário musical, propõe possibilidades diversas de integração com outras linguagens artísticas através da criação de campanhas que incentivam a solidariedade, ações ambientais, artes cênicas, formação livre, entre outras.

Múltiplas linguagens artísticas integram a programação com exposições de artes visuais e produtos artesanais, dança, audiovisual, intervenções cênicas e hip hop. Além disso, Oficinas Debates e Palestras promoverão a troca de experiências e informações entre os participantes das atividades de Formação Livre.

O Grito Rock Sobral é uma realização do Coletivo Ocuparte, e conta com apoio cultural de instituições como SESC - Fortaleza, CNA Inglês Definitivo, Rede Net (Fibex), Coojuv, dentre outros que, junto às mobilizações colaborativas de todos os grupos envolvidos na produção, ajudaram a viabilizar as ações do festival em 2014.



"Vamo, vamo!"

[Programação Musical]

Quinta 27/03

20h00 - Toxemia (Ipu/CE)
21h00 - Procurando Kalu
21h40 - Grito Hip Hop (Sigilo Style Crew)
22h00 - Infinitário (Fortaleza/CE)
23h00 - Os Inflamáveis (Natal/RN)
00h00 - Afrodelic (Sobral/CE)

Sexta 28/03

20h00 - Tinny Killer (CE)
21h00 - Amsterdã (Fortaleza/CE)
22h00 - V Road (Teresina/PI)
23h00- Scrok (Teresina - Timon/ PI-MA)
00h00 - As Dawn Breaks(Teresina)

Sábado 29/03

20h00 - Feitos de Barro
21h00 - Sintese
21h40 - Grito Hip Hop (DNR)
22h00 - Andes
23h00 - Tequila Suicide
00h00 - Bonilas

domingo, 23 de março de 2014

Evidências da inflação cósmica

Por Ulisses Capozzoli

Uma descoberta intrigante, anunciada esta semana por cientistas americanos, certamente passou despercebida pela maioria das pessoas em meio ao noticiário sobre o avião perdido da Malaysia Airlines e a crise político-militar na Ucrânia, entre outros temas diários da mídia.

Trata-se da evidência da manifestação da chamada “inflação cósmica” teoria proposta pelo físico americano Allan Guth, em 1981, para explicar, entre outros pontos, o que os físicos chamam de “quebra de simetria cósmica”, um processo que separou matéria e antimatéria e permitiu a preponderância da matéria que forma o universo conhecido e estruturas como nossos próprios corpos, as nuvens que flutuam na atmosfera e as borboletas com seus voos aparentemente erráticos.

A inflação cósmica também está por trás de um fenômeno que os cosmólogos chamam de isotropia cósmica, ou seja, uma propriedade de o Universo mostrar-se como um todo homogêneo a observadores, independentemente da direção de observação, o que significa ausência de uma direção privilegiada.

A inflação cósmica teria ocorrido, segundo prevê a teoria, numa fase extremamente rápida (algo impensável para a mente humana, ainda que possa ser registrada como uma notação matemática) que se seguiu ao que ficou consagrado como o “Big Bang”, a manifestação de uma singularidade (quase sempre referida como uma explosão, daí o termo Big Bang) que deu origem ao Universo segundo essa cosmologia.

Este intervalo de tempo tem sido estimado como 10^-35 a 10^-32 segundo após a explosão primordial, quando o volume do Universo teria se expandido por um fator da ordem de 10^50, um crescimento tão acelerado que também está fora da compreensão humana por ausência de qualquer relação com a experiência diária que mantemos com as coisas do mundo.

Apenas para se ter uma idéia, é como se o diâmetro de um próton (partícula do núcleo atômico, ou núcleo do hidrogênio) passa abruptamente para o diâmetro de uma laranja e daí para, por exemplo, ao diâmetro da Lua, num movimento de expansão cósmica que já dura pelo menos 13,7 bilhões de anos, a idade científica do Universo.

Antes da manifestação da inflação, três das forças fundamentais da Natureza (força nuclear forte, força nuclear fraca e a eletromagnética) se encontravam unificadas em uma única.

A quarta das forças fundamentais da Natureza é a gravidade.

O cenário proposto pelos cosmólogos é que a temperatura (outro parâmetro impensável pela mente humana) apenas 10^-35s após o Big Bang caiu para 10^28 K e a simetria entre matéria e antimatéria foi rompida com a separação das forças fundamentais.

A evidência da inflação cósmica foi obtida a partir de perturbações no que os cosmólogos chamam de radiação cósmica de fundo em microondas, uma espécie de remanescente térmico do calor original produzido pelo Big Bang.

Um paralelo para se aproximar dessa idéia é imaginar, por exemplo, uma fogueira de uma festa junina e as cinzas que sobraram dela no dia seguinte.

O esplendor da fogueira é o Big Bang e as cinzas do dia seguinte a radiação cósmica de fundo.

A descoberta de evidências da inflação cósmica foi anunciada por uma equipe de cientistas americanos de um projeto chamado Bicep2, utilizando telescópios localizados no Pólo Sul, no coração do continente antártico, que fazem o monitoramento constante de uma pequena região do céu, tarefa facilitada pela posição privilegiada do pólo.

A equipe, com a participação de Allan Guth, o “pai” da teoria da inflação, relatou ter encontrado os vestígios da expansão cósmica acelerada observando a radiação cósmica de fundo que teria sido perturbada por ondas gravitacionais que percorreram o espaço-tempo nessa fase da infância cósmica.

O grupo diz que não apenas as marcas foram identificadas como são mais intensas que seria de se esperar.

A descoberta, que se confirmada é candidata fortíssima ao Prêmio Nobel de Física, lembra a detecção da própria radiação cósmica de fundo por um processo conhecido como “serendipidade”, algo parecido a uma pura coincidência, ainda que não possa ser reduzido a esta condição e que também justificou um Prêmio Nobel para os físicos Arno Penzias e Robert Wilson que então trabalhavam para os Laboratórios Bell, em meados dos anos 60.

As crises estampadas nas manchetes diárias dos jornais, evidentemente, não podem ser negligenciadas, e neste caso estão incluídos processos que vão do aquecimento global à ameaça no abastecimento de água de uma megalópole como São Paulo, indiretamente afetada por mudanças climáticas.

Mas, até mesmo para obtenção de energia de ânimo para enfrentar os fracassos anunciados a cada dia pelos economistas, como se o mundo não fosse durar mais que uma semana, certamente é saudável e necessário mergulhar no que pode se chamar de “misticismo matematizável”, idéias à primeira vista exóticas, mas que podem ser, e quase sempre são, corroboradas pela coerência das equações físico matemáticas.
Fonte: blogdasciam

terça-feira, 18 de março de 2014

A responsabilidade em relação à água

Por Ulisses Capozzoli

A estiagem atípica deste verão, com chuvas reduzidas e na melhor das hipóteses localizadas, traz um conjunto de questões que merecem a reflexão por parte de pessoas com noção de cidadania e, portanto, de vida em comunidade que, em ultima instância, é o que as cidades são: comunidades humanas.

Os humanos são animais sociais e a evidência mais clara disso é exatamente a da vida comunitária, em aldeamentos, povoados, vilas, cidadezinhas, cidades médias, grandes, metrópoles e megalópoles, caso em que cidades fundem-se entre si (conurbação) para formar um único e gigantesco espaço urbano.

Cidades, de um modo geral, ainda que isso valha mais especificamente para os grandes espaços urbanos, exigem uma enorme complexidade em termos de abastecimento de bens como alimentos e principalmente água.

E o que a estiagem deste verão está mostrando é que o abastecimento de água na cidade de São Paulo e outras está em risco, por esgotamento dos reservatórios e limitação das fontes de abastecimento desses estoques hídricos.

Em princípio isso não faria sentido, considerando que o Brasil detém perto de 14% dos estoques mundiais de água doce, o que significa dizer que, neste critério, somos os mais favorecidos em escala planetária.

Ausência de planejamento urbano, infraestrutura precária e má gestão pública do espaço urbano, algo histórico no Brasil, entre outros efeitos, anulam, no entanto, essa posição natural privilegiada e corremos o risco de enfrentar racionamento d’água, se as chuvas não chegarem logo e em abundância.

Administradores públicos têm apontado que o desconto no preço da água, adotado em caráter de urgência e absolutamente procedente está contribuindo para a economia.

O que pretendem com isso é capitalizar, com oportunismo, uma atitude cidadã das pessoas, evidência de que o conjunto da sociedade é capaz de iniciativas e movimentos de solidariedade, preservação, responsabilidade e respeito em relação a questões como a garantia no abastecimento de água.

O que já não se pode dizer de empresas públicas encarregadas do abastecimento de água e isso vale tanto para as megalópoles quanto para as pequenas cidades.

A média brasileira é de perda de 37% da água tratada e potencialmente disponível para consumo por vazamentos numa rede de qualidade insatisfatória.

Na cidade de São Paulo esse índice baixa para 26,5%, mas ainda assim é elevado em comparação, por exemplo, com as perdas do Japão, que não superam os 3%.

E em São Paulo a Sabesp, empresa encarregada dos serviços de água e esgoto, ainda é uma das responsáveis pelo esburacamento diário das ruas, sem reparos à altura, o que torna a qualidade das pistas de rolamentos para automóveis e trânsito de pedestres quase uma aventura.

Atitudes como a que o conjunto da população está tomando, no sentido de economizar o consumo de água, de forma a evitar racionamento e situações ainda mais imprevisíveis são fundamentais não só em casos como o da água, evidentemente. Elas se estendem a todo o conjunto de relações que dizem respeito à vida comunitária em especial nas grandes cidades e nas megalópoles.

O noticiário diário da mídia, carregado de negativismo e previsões sombrias, certamente deve abrir algum espaço para uma atitude que, na essência, é a fundamental: a atitude responsável, respeitosa e consequente do conjunto da sociedade em relação a um bem que é indispensável para a vida: a água.
 
Em Blog da Sciam

sexta-feira, 14 de março de 2014

Um conselho para os amigos do Mota: O caminho é este e vocês já estão nele


A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar. (Eduardo Galeano)

Por Valdecir Ximenes

Este texto é para os meus amigos da comunidade do Mota. Sim, para os amigos e amigas de lá e que por sinal (modestamente falando) sãos em boa quantidade. Passei um ano sendo professor de Matemática dos alunos de lá e que nesta condição conquistei-lhes a amizade e eles conquistaram a minha. Sinceramente. Para ensinar matemática temos que ser amigos dos alunos, pois do contrário, fica difícil motiva-los para gostar e assim aprender, mesmo que elementarmente, esta maravilhosa ciência que é a matemática, e tentar fazê-los viajar por esta maravilhosa aventura que é o mundo da matemática. E os frutos são bem maiores do que esperamos.
 
O caminho já está dado. Mas vocês já estão nele e estão caminhando.

Eu gostava dizer a eles que o caminho das pedras já estava dado (que era está na escola e quererem) e que só dependia deles chegar lá. E que eles, a comunidade inteira, são campeões. Sim, campeões. Nenhum deles é filho de político, ou filho de grande comerciante, nenhum deles é filho de empresário, de magnata e ainda assim estudam e desta maneira tem um futuro promissor. 

Freddy Mercury é um campeão, que nem vocês!
Grande parte dos professores da comunidade são de lá. Conhecem ponto a ponto as reais dificuldades de seus conterrâneos e se empenham em resolver estas possíveis dificuldades e alimentar o potencial deles no que couber. Comunidades isoladas geograficamente tem mesmo os seus problemas (os temos aqui no Boqueirão, na Agrovila, no Marfim, etc) mas eles existem, continuam e felizmente são superados pelo empenho e dedicação de sua gente. O Mota outrora problemático alça-se a um nível de superação e grandeza de sua gente que é de encher os olhos de alegria. E falo com a mais genuína sinceramente pois ganhei mais amigos lá em um ano do que em experiências anteriores, como em Sobral por exemplo.

Sempre quando vejo qualquer um deles (amigo ou amiga) os encoraja por um meio ou outro a sempre estudar – mais e melhor; pergunto como vão nos estudos e digo humildemente que estou sempre com eles estando na torcida pelo seu sucesso (que já estão nele, ao estudarem e se dedicarem) e que sempre darei apoio moral em sua difícil empreitada que é mudar a si próprios, mudar a sua comunidade para melhor o tempo todo e assim mudar suficientemente o mundo. E que sou amigo de seus mestres e dos profissionais de sua educação e no que couber (como tento fazer) ajudar a bolar/discutir ideias na tentativa de minimizar-lhes os reais problemas em sua luta pela educação de qualidade. Sim, a educação é pilastra fundamental para a construção de uma comunidade sólida e próspera.

Não há estrada. A estrada se faz com estudo.
E a minha amizade com eles e minha torcida pela suas conquistas e vitórias. E que também estarei sempre dando apoio moral nas suas dificuldades e decepções em se tratando de seus estudos e conhecimento. A la Coronel Nascimento: vocês são a mudança fundamental de que precisam. “Eu tenho total confiança na capacidade dos senhores e das senhoritas. Nós estaremos sempre juntos”. A missão de vocês, a sua educação, é mais importante do qualquer problema pessoal. Acredito no potencial de cada um deles e acredito com isso que são peças-chave na mudança e construção de um Mota que se notabiliza a cada dia mais. Por que vocês são campeões!

Como diria o grande Raul Seixas: “Está lançada aqui a semente de uma nova era da qual vocês são testemunhos. A sociedade alternativa está nascendo aqui pra vocês”. Eu digo, adicionalmente, que vocês são testemunhos e protagonista desta nova era, pois estão com a ferramenta certa, que é o estudo.

"Olhem pra cá. Eu sou Raul Seixas e eu estou do seu lado"
 
Ademais digo que o caminho, meus amigos, se faz ao caminhar. Mas vocês já estão caminhando e no caminho certo que é o estudo, a educação, o conhecimento e o empenho e compromisso com uma vida melhor que podem e devem conquistar. É por aí meus camaradas. Avante!

Para prêmio Nobel, educação de qualidade reduz desigualdades


Eric Maskin afirma que Brasil poderia repetir uma experiência de sucesso de outros países que é incentivar a ida de crianças à pré-escola, ao redor dos 3 anos

O economista Eric Maskin, laureado com o Nobel de Economia em 2007, apontou a educação de qualidade como o principal fator capaz de reduzir as desigualdades pelo mundo. Em visita ao Rio na quarta-feira, Maskin fez uma palestra sobre o tema na FGV. Ele apresentou sua teoria sobre porque, pós globalização, a desigualdade aumentou em alguns países.

Maskin destaca que a globalização materializou não apenas o consumo, mas também a produção. "Um computador pode ser hoje desenhado nos Estados Unidos, programado na Europa e suas peças podem vir da China", diz.

Nesse modelo, o economista coloca quatro qualificações de mão de obra, A, B,C e D, que interagem entre si, sendo A o mais qualificado. No entanto, em alguma medida, essa interação entre a   produção e, consequentemente, os trabalhadores pode levar ao aumento da desigualdade entre as pessoas.

"O que acaba acontecendo hoje é que os trabalhadores A interagem apenas com os A, enquanto que os D, menos qualificados, também interagem apenas entre os D. Ocorre um cruzamento maior apenas entre os B e C", disse. Os trabalhadores menos qualificados, que ele chama de D, acabam prejudicados, pois uma das formas de aumentar suas habilidades é interagir com aqueles que já estão em patamares mais elevados.

Bolsa Família e pré-escola
Maskin afirmou repetidas vezes que não é um "expert" em Brasil, mas informou que tem conhecimento de programas governamentais, como o Bolsa Família que, acredita, tem tido grande êxito em inserir as crianças no sistema de ensino. O economista afirmou que o país está entre aqueles que conseguiu reduzir as desigualdades, assim como o México e a Argentina, "A América Latina tem apresentando algum sucesso nisso", diz.

Na avaliação do ganhador do prêmio Nobel, O Brasil poderia repetir uma experiência de sucesso de outros países que é incentivar a ida de crianças à pré-escola, ao redor dos 3 anos.

"O benefício disso é enorme, se você for paciente. Você não vê a diferença imediatamente, mas 15 anos depois, quando eles ingressam na força de trabalho, apresentam melhores performances, conseguem melhores empregos e ganham mais dinheiro do que as crianças que não foram à pré-escola. Acredito que essa é uma lição que o Brasil poderia aprender", diz.

Na avaliação dele, a importância de reduzir as desigualdades vem das necessidades de erradicar a pobreza e até mesmo promover a estabilidade política nos países. "A desigualdade não vai embora sozinha. É preciso educação para aumentar a qualidade da mão de obra para que esses trabalhadores possam ter melhores oportunidades", diz.

Na visão de Maskin, é tarefa dos governos investir em educação e promover o aprimoramento da mão de obra. O economista também acredita que as próprias companhias poderiam investir em qualificação, embora entenda que elas não teriam incentivos reais para tanto, já que teriam de pagar salários mais altos para trabalhadores mais educados. Uma solução, aponta, seria os governos concederem algum subsídios para empresas que treinem seus funcionários.

Maskin também reconhece que, olhando o mundo como um só, a globalização serviu para reduzir as desigualdades. No entanto, olhando alguns países especificamente, tanto desenvolvidos como emergentes, por conta das relações de trabalho, as desigualdades foram ampliadas.

Ana Paula Ragazzi / Valor Econômico em: Jornal da Ciência --SBPC



quinta-feira, 13 de março de 2014

Grandes Esperanças


Tradução de High Hopes do Pink Floyd

Além do horizonte do lugar em que vivíamos quando jovens
Em um mundo de imãs e milagres
Nossos pensamentos vagavam constantemente sem limites
O soar do sino da divisão começou

Ao longo da Grande Estrada e de sua calçada
Será que ainda elas se encontram na encruzilhada?

Havia uma banda que tocava fora do tempo seguindo nossos passos
Correndo antes dos tempos, levaram embora nossos sonos
Deixando incontáveis pequenas criaturas tentando nos prender ao chão
De uma vida consumida por uma lenta decadência

A grama era mais verde
A luz era mais brilhante
Com amigos por perto
As noites de surpresas

Olhando além das brasas de pontes resplandecendo atrás de nós
Um relance do quão verde era do outro lado
Passos rumo ao progresso são tomados, mas em seguida regredimos de novo
Puxados por uma força interior
Às alturas, com a bandeira desfraldada
Alcançamos às rarefeitas alturas daquele mundo tão sonhado

Sobrecarregados para sempre por desejo e ambição
Ainda há um desejo insaciado
Nossos olhos cansados ainda se perdem pelo horizonte
Apesar de que, por esta estrada, termos por várias vezes passado

A grama era mais verde
A luz eram mais brilhante
O sabor era mais doce
As noites de surpresas
Com amigos por perto
A brilhante névoa do amanhecer
A água correndo
O rio sem fim

Para sempre e sempre
Ouvir música: kboing

quarta-feira, 12 de março de 2014

A honestidade mandou lembrança

Fato. Brasileiro (exceções, certo) é um poço de hipocrisia. Muitos não tem humildade, caráter firme. Não tem honestidade. Parece que o golpismo corre nas nossas veias vinda das velas de Cabral do além-mar. Quando nos disseram que os portugueses descobriram o Brasil notava-se claramente o mau-caratismo, a falta de honestidade. O gosto pela mentira.

Esse é o FHC e se não concordar eu vou usar do meu golpismo.
Pois bem. O Brasil também é conhecido por ser o país do futebol, do carnaval, do paradisíaco mundo tropical. E por ser o país do futebol se mistura com o país do cinismo.

É comum gritar, bater no peito por um time. Muitos brigam pela seleção. Seleção que bem sabemos não nos representa. Não temos mais nela aquele futebol-arte que nos prendia ao espetáculo tal como o representado por Rivelino, Bebeto, pelo Pelé.

Agora a copa está aí, faltam pouco menos de cem dias para ela começar. O brasileiro vive gritando aos quatros cantos do país o futebol brasileiro e quando a copa do mundo vem para o Brasil os mesmos que alardeiam as maravilhas do futebol começam a “golpear”; começam o golpismo. E note que se o governo Dilma não quisesse a copa os mesmos golpistas e desonestos fariam uma revolta pois que o governo haveria barrado o esplendor do nosso futebol. 

Uma propensãozinha ao golpismo, né senhor chargista?!
O governo traz e apoia o maior evento futebolístico do mundo, que é a copa, e os golpista igualmente começam a revolta. Como criança birrenta que se a mãe traz o leite até ela, ela diz que não quer e chora. Se ela vai embora com o leite, a criança chora de novo e quer novamente. Se ela traz de novo,  ela (a criança) não quer e assim num continuum de deus nos acuda. Vai entender complexo de golpista! Nem mesmo Freud explica, sacou?

--"Pega teu leite, menino! Deixa de golpismo"
Não mas queremos investimento em educação, saúde, infraestrutura. Golpismo, ignorância sua, seu puto. Setores fundamentais da sociedade brasileira não são, não estão, e não serão afetados. Pelo contrário, o governo continuam a investir maciçamente e a melhorar significativamente esses setores. 

Chico Anysio, seu danado!
Se informa rapaz! Vai aproveitar a expansão na educação dos governos petistas e vai estudar. Fazer faculdade, curso técnico, curso tecnológico, enem, sisu. É só estudar cara-pálida. Ademais os investimentos na educação não só você que os paga não (mesmo sendo seu dever, já que morre por futebol). São investimentos de setores privados, empresários, FIFA e sim, parcela do governo. Mas se ele não fizesse isso você iria crucifica-lo numa cruz, seu puto. Caráter, honestidade como pilastra fundamental é o que deve nos guiar. E não o golpismo, a falta de honestidade, de caráter.

Lá vai. Aqui tem sete argumentos que corroboram o que eu escrevo. Original Aqui

E antes de usar de golpismo, lembre-se: a honestidade mandou lembrança.

por Valdecir Ximenes

segunda-feira, 10 de março de 2014

Os confins do Sistema Solar


Missão que chega a Plutão no ano que vem amplia conhecimentos sobre origem e evolução do reino do Sol

Por Ulisses Capozzoli

Ao final de uma viagem de 8 anos, um mês e 16 dias pelo espaço interplanetário a missão New Horizons chega ao seu alvo, o antigo planeta Plutão, agora reclassificado para planeta-anão Plutão, em 14 de julho do próximo ano.

Ao chegar ao destino, a New Horizons será primeira missão a examinar as bordas internas do Sistema Solar, desde que Plutão foi identificado pelo astrônomo amador americano Clyde Tombaugh, em 18 de fevereiro de 1930, ao final de um exaustivo processo de análise fotográfica com o recurso de um instrumento chamado cintilador. (http://goo.gl/tgzVLU)

À época em que fez a descoberta do que durante décadas foi o planeta mais externo do Sistema Solar (ainda que devido à sua órbita altamente elíptica, temporariamente Plutão fique mais próximo do Sol que Netuno), os computadores que hoje executariam essa tarefa num piscar de olhos eram realizações do futuro.

A descoberta de objetos transnetunianos, ou transplutaniano, como o corpo 1992 QB1, o primeiro depois do próprio Plutão, foi possível pelo refinamento das observações astronômicas com equipamentos mais eficientes, como as câmeras CCD que aumentaram a sensibilidade dos registros fotográficos, coisa que os antigos filmes recoberto com sais de prata não podiam fazer.

Em Plutão a New Horizons deverá investigar e classificar a geologia e morfologia de Plutão e seu sistema de luas: Caronte, Nix, Hydra, Cérbero e Estige, entre as já conhecidas. E a perspectiva, como já ocorreu em mundos como Júpiter e Saturno, é que novas luas sejam identificadas.

Entre os objetivos secundários da missão está a investigação da atmosfera de Plutão e de Caronte, sua lua principal e a primeira a ser conhecida. Uma área de interesse particular no caso da atmosfera desses mundos é a interação que exibem com o vento solar, a chuva de partículas emitidas pelo Sol, em especial no pico de explosões, como ocorre agora e que inunda todo o Sistema Solar.

Limites do reino do Sol

Conhecer as fronteiras do reino do Sol, o que inclui o Cinturão de Kuiper, entulhos que sobraram da formação do Sistema Solar, e além dessa faixa mesmo a Nuvem Oort, são explorações indispensáveis para se desvendar em escala inédita a historia da sua formação, há uns 5 bilhões de anos, quando a própria galáxia, a Via Láctea, tinha pouco mais da metade da idade que exibe hoje.

A Nuvem Oort, referida de maneira algo sumária, é um berçário de cometas que, sob a ação gravitacional de estrelas próximas, dispara bólidos que podem tanto desprender-se em direção ao espaço profundo, em direção ao reino de outras estrelas, quanto encaminhar-se em direção ao Sol. Neste caso, dependendo da orbita que desenham, tanto podem fazer uma única visita à nossa estrela-mãe quanto serem capturados gravitacionalmente e se tornarem cometas periódicos.

Lançada em 19 de janeiro de 2006, a missão New Horizons viajou rumo a Plutão impulsionada tanto por foguetes químicos quanto pela técnica chamada de gravidade assistida. Neste caso, uma nave se vale da atração gravitacional de planetas ao longo da rota que deve percorrer “roubando” energia de cada um deles para deslocar-se.

Um sinal de rádio enviado da Terra em direção à nave demora pouco mais de 4 horas para chegar até ela e levar informações para um determinado comando, daí os computadores de bordo estarem programados para tarefas mais imediatas, sem tempo de serem transmitidas da Terra.

O descompasso do tempo em relação a uma nave nos confins do Sistema Solar, como ocorre com a missão New Horizons, é uma espécie de anúncio de uma época em que mesmo a velocidade da luz, o limite de transmissão de informação em nosso universo, terá a velocidade comparativa de uma carroça, no início do século passado.

Mas a viagem a esse mundo distante pode surpreender de muitas outras maneiras. A ciência não é uma atividade que possa ser desempenhada com base em algo como o bom senso. Ao contrário disso, a ciência é fundamentalmente um encontro com o desconhecido e, neste sentido, uma experiência profunda de estranhamento.

Ciência romântica

Em relação a Plutão, um enorme conjunto de considerações pode ser feito, a começar pelo seu descobridor, o simpaticíssimo Clyde Tombaugh, morto em 17 de janeiro de 1997, aos 90 anos, na localidade de Las Cruces, no Novo México.

Tombaugh teve interações próximas com astrônomos importantes de sua época, caso de Vesto Melvin Slipher (1875-1969), diretor do Observatório Lowell, em Flagstaff, no Arizona, de onde localizou Plutão.

E o próprio Percival Lowell (1855-1916), fundador do Observatório que leva seu nome foi responsável por boa parte da popularização da idéia de que Marte dispunha de canais artificiais e portanto era ocupada por criaturas inteligentes.

Slipher, por exemplo, é o verdadeiro mentor da idéia de um universo em expansão, de que Edwin Hubble tomou conhecimento em uma palestra em que o diretor do Observatório Lowell expôs suas idéias.

Hubble ficou com todo o crédito da descoberta quando, na verdade, tem o mérito de, em parceria com um ex-carroceiro, Milton Humason, ter feito as medidas da expansão cósmica, à época conhecida como fuga das galáxias.

Assim, de alguma maneira, a missão New Horizons remete a uma época de astrônomos individuais, quase heróis românticos, hoje substituídos pela chamada big science, equipes que podem ter dezenas de participantes, ainda que dirigidas por um líder.

Fonte: BlogdaSciam (Scientific American)

Cão! Cão! Cão!


De Millôr Fernandes

Abriu a porta e viu o amigo que há tanto não via. Estranhou apenas que ele, amigo, viesse acompanhado de um cão. O cão não muito grande, mas bastante forte, de raça indefinida, saltitante e com um ar alegremente agressivo. Abriu a porta e cumprimentou o amigo, com toda efusão. "Quanto tempo!". O cão aproveitou as saudações, se embarafustou casa adentro e logo o barulho na cozinha demonstrava que ele tinha quebrado alguma coisa.

O dono da casa encompridou um pouco as orelhas, o amigo visitante fez um ar de que a coisa não era com ele. "Ora, veja você, a última vez que nos vimos foi..." "Não, foi depois, na..." "E você, casou também?" O cão passou pela sala, o tempo passou pela conversa, o cão entrou pelo quarto e novo barulho de coisa quebrada. Houve um sorriso amarelo por parte do dono da casa, mas perfeita indiferença por parte do visitante. "Quem morreu definitivamente foi o tio... você se lembra dele?" "Lembro, ora, era o que mais... não?”.

O cão saltou sobre um móvel, derrubou o abajur, logo trepou com as patas sujas no sofá (o tempo passando) e deixou lá as marcas digitais de sua animalidade. Os dois amigos, tensos, agora preferiam não tomar conhecimento do dogue. E, por fim, o visitante se foi. Se despediu, efusivo como chegara, e se foi. Se foi.

Mas ainda ia indo, quando o dono da casa perguntou: --"Não vai levar o seu cão?" 
--"Cão? Cão? Cão? Ah, não! Não é meu, não. Quando eu entrei, ele entrou naturalmente comigo e eu pensei que fosse seu. Não é seu, não?"

Moral: Quando notamos certos defeitos nos amigos, devemos sempre ter uma conversa esclarecedora.



sábado, 8 de março de 2014

O meu primeiro aparelho de música era um sonho


por Valdecir Ximenes

Lembro como se fosse hoje. Lá estava um conhecido com um deles e ainda por cima disse que me vendia. Aí eu fui trabalhar. Passei naquele tempo uma semana inteira “apanhando arroz” prum vizinho meu aqui. Uma belezinha o aparelho era. Já tinha visto um deles mais este era mais legal ainda. Era uma versão muito melhorada do que os outros. E o primeiro aparelho da gente a gente nunca esquece. Tá bom, e o que era? 

Não, não era esse ainda.

Era um walkman da marca Sony. Segundo a Wikipédia Walkman® é uma marca registrada e pertence à Sony Corporation. É uma marca popular de uma série de tocadores ou leitores de áudio portáteis pertencente à Sony. O termo Walkman também é utilizado para se referir a aparelhos portáteis similares de reprodução de áudio estéreo de outros fabricantes. Com sua chegada, costuma-se dizer que mudaram os hábitos musicais, uma vez que cada pessoa pode carregar e ouvir seus sons preferidos e, principalmente, sem incomodar outras pessoas. Em março de 2007, a Sony prolongou a marca para Walkman Video, para lançamento do NW-A800, primeiro tocador portátil Walkman que reproduz vídeos flash”

Taqui ele: lindo, poderoso, o meu sonho.
Diz-se que o primeiro deles foi feito por uma cara da Sony, um certo Nobutoshi Kihara para um dos sócios da empresa, um senhor chamado Akio Morita (que não gostou da máquina) por que ele viajava e queria ouvir ópera nele, de onde lhe veio a ideia de criar um aparelho reprodutor de música que pudesse ouvir sua tão legal música clássica, a ópera.

E mesmo com toda a tecnologia trazida pelo formato .mp3 ele é a minha recordação das mais lindas. E é sério, eu vou comprar um deles de novo só pra mim ficar olhando pra ele, esse lindo!

sexta-feira, 7 de março de 2014

Prévia Grito Rock Sobral 2014


Anfiteatro do Largo das Dores

Conectando 400 cidades de 40 países, o Festival Grito Rock se consolida como uma rede global em 2014. Além da América Latina, mais países da Europa, Oceania, África integram-se ao evento. Produzido de forma colaborativa desde 2005, o Grito Rock foi criado como uma alternativa ao carnaval tradicional e este ano acontece entre o período de 20 de fevereiro a 30 de março.

Para fazer o lançamento do Grito Rock Sobral 2014, que acontece durante os dias 26 à 29 de Março, o Coletivo Ocuparte em parceria com a Coordenadoria Especial de Politicas Públicas de Juventude (Coojuv) prepararam a seguinte programação:

20h - Break Dance com Sigilo Style Crew - Sobral/CE

20h30 - Amargo na Tangente (Rap/Rock) – Sobral/CE

21h - Transcenda (SambaRockSoul) – Sobral/CE

22h – Danchá (Música Contemporânea) – Fortaleza/CE

23h – Aneurisma Cerebral (Grunge) – Sobral/CE

00h - DJ Gilson TS (Cosmogil LIVE)


E a nave vai...


 Com o aumento dos carros populares temos notado uma cultura nada agradável de coisas bem bestiais. É comum termos proprietários de carros que os customizam com sons sofisticados (às vezes custam metade do preço do carro, o preço do carro ou o dobro do preço do carro) e invadirem os espaços públicos com músicas de péssimo gosto musical – há honrosas exceções é verdade; já vi em alguns lugares proprietários de carros ouvindo Titãs, Engenheiros, etc. E bem pior, ficam competindo entre si quem tem mais péssimo gosto musical de tal modo que nem os competidores e nem os transeuntes conseguem ouvir som nenhum, uma vez que a competição desenfreada de som atrapalha uns aos outros. A isso chamo de disseminação da imbecilidade. E a culminância... a nave vai pro buraco.

Ainda não é assim mas é bem mais, infelizmente!
 Não importa se o carro seja velho ou novo. Importa pra eles que tenha um som 'sofisticado' para disseminar o que nos empurra goela abaixo em se tratando de música, aspas. E pior, muita gente cabeça também acaba entrando na dança pois a influência faz com que eles queiram se aparelhar com a imbecilidade. Mas o carro e som são dos proprietários, o que tem de mal nisso? Nada. E mesmo por que não estou questionando sobre a propriedade do carro ou som. Mas vivemos uma comunidade diversa em tudo e é impressionante como a imbecilidade consegue ganhar terreno e massificar tudo em McDonald's e Fast-foods, ou seja, como consegue igualar a todos num terreno ridículo de imbecilidade como se fossem embalagens que nos empurram a seco goela a baixo.

"Tá me olhando assim por quê? Eu não tenho a ver com isso!"

E o direito do transeunte de não querer se igualar com a imbecilidade? De não ouvir besteira? E o direito do transeunte de ter silêncio? Por exemplo, nos espaços públicos tais como banhos e afins não se ouve som nenhum (e nem se tem silêncio) em vista de se aniquilarem entre si como que numa competição ridícula de som. Nos festejos de nossas localidades os passantes não ouvem mais o som do cara que “chama” o leilão. Nem ouve mais também o som do padre que está rezando a missa. Não ouvimos mais os ruídos peculiares das pessoas no movimento dos festejos. Não ouvimos mais a conversa daquelas pessoas na praça. Não podemos mais conversar com os amigos e pessoas em virtude dos sons horríveis que nos empurram de modo grosseiro. Mas não é só: ficamos “surdos” de tantos ouvir sons degradantes e poluentes. 
 
Colin Farrel desapontado com você que ouve besteira.
Mas eu não sou um ortodoxo que quer impor também um gosto a ninguém. Só proponho que se diversifique as coisas tal qual eu sou diferente de você e um gato é diferente de um cachorro. Proponho que se ouça de tudo, mas que não se “imbecilize” os gostos e perturbem o silêncio das pessoas.

Por Valdecir Ximenes

terça-feira, 4 de março de 2014

A EDUCAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO PESSOAL

O universo está em constante evolução. E você? Até mesmo as plantas crescem um pouco a cada dia em busca de mais luz. Por outro lado, muita gente esquece, tem preguiça, ou tem medo de mudar para melhor. Acomodam-se com a “vidinha” e vivem apenas pelo “pão de cada dia”. Caminham olhando para os próprios pés, com a cabeça baixa. Não tem a coragem de olhar para frente com determinação, escolher o seu destino e caminhar para ele. Concentram-se no medo de tropeçar e cair, ao invés de escolherem a disposição de levantar, quantas vezes for preciso, e continuar de cabeça erguida, apreciando a paisagem e sentindo o vento no rosto. 

Algumas pessoas me perguntam da importância que a educação teve em minha vida. Minha resposta é simples: a educação “tem” importância primária e contínua! 

Ter sucesso, crescer como ser humano, significa evoluir para uma situação melhor que a atual...e evolução significa “educação”, aprender a todo instante! É preciso quebrar os limites atuais e estabelecer grandes objetivos para a vida. Isso é uma escolha que você deve fazer. Você pode continuar acomodado ou começar a aprender e trabalhar para atingir todo o seu potencial. A opção de mudar não garante o seu sucesso, é necessário ainda planejar, trabalhar, aprender muito. É meu amigo, é preciso muito trabalho! Contudo, é o único caminho possível. A opção de permanecer acomodado, por outro lado, garante que você NUNCA terá sucesso. 

Quando comecei em Bauru, como eletricista aprendiz aos 14 anos, muita gente apostaria que aquele garoto pobre, cheio de graxa nas mãos, nunca chegaria a ser um astronauta. Acomodar seria muito mais fácil. Escolher pela educação e o trabalho fez toda a diferença. É exatamente isso que eu tento passar para milhares de jovens em todo o Brasil. Não importa a sua situação atual. Você é a única pessoa capaz de mudar continuamente essa situação e, para isso, “você” precisa mudar continuamente, aperfeiçoar suas habilidades para poder agir com maior eficiência sobre a situação, precisa aprender! Muitas pessoas querem mudar a situação, querem mudar o mundo, mas esquecem-se que, para isso, precisam primeiro começar mudando a elas mesmo.

Note que a “educação” não se restringe aos anos de escola. Muito pelo contrário, quando você recebe o diploma é o momento a partir do qual a sua capacidade de continuar aprendendo e crescendo como profissional e ser humano, irá fazer toda a diferença para o seu sucesso no mundo competitivo em que vivemos. 

Aí, depois de muito trabalho, você chega ao que todos consideram “uma posição de sucesso”. Cuidado! Não deixe que o seu sucesso no passado atrapalhe o seu desenvolvimento futuro. Não caia na tentação de sentir-se “realizado”. No momento em que você sentir-se plenamente satisfeito, você eliminará a “necessidade” da equação do sua vida, tornando a acomodação e a estagnação companheiros das suas histórias para os netos. Também não seja cheio de si e arrogante pelas suas conquistas. Como dizia minha mãe: a arrogância é como um gás de cheiro ruim e que ocupa todo o espaço que estava destinado a conter mais conhecimento. Antes de aprender alguma coisa, é preciso humildade para reconhecer a própria ignorância. 

Outro inimigo do crescimento pessoal é a nossa tendência de “deixar para depois”. “Agora estou muito ocupado, não tenho as condições ideais para começar isso, na próxima semana eu começo, etc...Você já ouviu alguma coisa parecida? O momento certo para começar a aprender e viver para o seu sucesso é AGORA! Não é preciso nada especial. Basta a decisão e a vontade! O restante será fornecido pela vida, pela situação, pelos seus amigos e pelos seus inimigos. Use TUDO a seu favor, como ferramentas e matéria prima para o seu desenvolvimento pessoal. Use criatividade. Use o conhecimento já adquirido. A cada dia o seu arsenal será maior. É um processo realimentado. Quanto mais você aprender, mais eficiente você será para aprender cada vez mais.

Finalmente, escolha bem os seus amigos. Escolha estar com pessoas que pensam como você, pessoas boas e que também tenham escolhido aprender e desenvolver-se a cada dia. Não se junte as pessoas negativas e limitadas pela própria mediocridade e mesquinhez. Um leão não vive com hienas. 

Assim, aprenda continuamente. Use tudo para aprender e use tudo o que aprendeu. Passe a frente, ensine. Seja cada dia melhor e seja feliz!

por Marcos Pontes em www.marcospontes.net

segunda-feira, 3 de março de 2014

Assim as coisas ficam bacanas: o lepo lepo com outra roupagem

por Valdecir Ximenes

Pois bem. Eu nem gosto do carnaval. Ou melhor, gosto mas sou totalmente indiferente pra festa do carnaval em si, pro ziriguidum, sabe. Acho bacana que no carnaval a gente que não gosta do "esquindô" tira um tempo pra ler, pra escrever, pra ouvir música, pra sair e ir ali com amigos. Isso é muito legal e é o bom do carnaval. 

Mas o interessante do carnaval são os hits que se criam, aspas. O desse ano é o lepo lepo, uma coreografia que insinua sabe-se lá o quê. Uma besteira mesmo. E por ser uma besteira não tiro o direito das gentes gostar de tal besteira. Se é a hora da festa e do aprochego. Se é hora de entrar no clima, escutar a bateria, o chamado dos bloquinhos, a loucura desenfreada da festa popular mais boa, aspas, desse mundão de meu deus. Vai nessa. Va pra rua, rapaz! Vai pular, dançar, usufruir da luxúria integrante da massa.

Flea aquecendo pro lepo lepo.
Se não, existem outras formas de aproveitar o ziriguidum da festança. Se não se quer sair pro “esquindô”, fica a dica de um videozinho dos Mamilos Molengas. Pois nem só de besteiras vivem as pessoas, encontramos também aqueles que fazem graça e criam coisas legais para compensar outras coisas criadas, aspas, de modo muito bestial, como o lepo lepo. Encontrei aqui uns caras do Metal (os mesmos Mamilos Molengas) que tentam salvar o lepo lepo colocando ele sobre uma roupagem bem... metal. Isso mesmo, totalmente criativo, o pessoal da internet coloca graça em tudo. E o fizeram para o lepo lepo, esse besterol...


Tentando salvar o lepo lepo

A nós reles mortais que não gostamos dos balangandãs do carnaval, essa máquina da histeria social, fica uma opção de ver e se divertir com o som (e imagem) do Metal, mesmo que do lepo lepo

domingo, 2 de março de 2014

MOVIMENTO LITERÁRIO PESCARIA


"Em novembro de 2012, Mailson Furtado ganhou a oportunidade de lançar seu primeiro livro, Sortimento, na X Bienal Internacional do livro em Fortaleza e junto dele, levou Erasmo Portavoz, parceiro de projetos e trabalhos culturais. Na oportunidade o evento estava homenageando a Padaria Espiritual, movimento literário que deu origem à primeira Academia de Letras do Brasil, a Academia Cearense de Letras. Entusiasmados com aquele ambiente e as trocas de experiências vividas, decidiram levar algo daquela experiência à cidade na qual militam culturalmente, Varjota, no sertão Norte do Ceará. Desta forma, pensaram em uma maneira de como concretizar o que haviam em planos. Veio assim a ideia de um grupo literário, este intitulado Pescaria. Dentre os planos do grupo estava a publicação de um jornal literário para ser o meio de comunicação do grupo, que ganhou o mesmo título. Apesar de o grupo não está mobilizado, o jornal tomou sua forma e teve sua primeira edição lançada em março de 2013, na Semana de Poesia organizada pelo Movimento Cultural de Varjota. O grupo literário, no entanto, manteve-se inativo de abril até novembro, quando autores que já publicavam e publicam no jornal tomaram a iniciativa de enfim mobilizar um grupo que se reúna de maneira regular para discutir literatura. Dentre os nomes desses autores estão: Mailson Furtado, Felipe Ximenes, Otávio M. Silva, Erasmo Portavoz, Phelipe Gomes, Magnel Carvalho, Yane Cordeiro, Bruno Trajano, Mara Alves e Erineu Ferreira. Os encontros acontecem com a presença desses jovens amantes das Letras e das Artes, adeptos e curiosos por arte, que sentam nas manhãs de sábado para discutir os mais diversos temas e difundir a arte e a literatura a todos os que precisam, à margem do Rio Acaraú em Varjota/CE. A nomenclatura utilizada no movimento remete ao maior símbolo da cidade, o peixe, a pescaria, o pescador. Assim, todos são pescadores. O Pescaria foi de fato inspirado na Padaria Espiritual, embora siga uma ideologia distinta. Tornando público este movimento, convidamos você vir fazer parte dos nossos encontros e ser pescado e pescar literatura junto de nós pescadores."

Por APL